Transição agroecológica: sonho ou realidade?: uma reflexão do Pólo Rio Capim do PROAMBIENTE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: NASCIMENTO, Huandria Figueiredo do lattes
Orientador(a): KATO, Osvaldo Ryohei lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agriculturas Amazônicas
Departamento: Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13045
Resumo: Identifica e analisa as mudanças de práticas agrícolas ou não agrícolas ocorridas nos lotes dos agentes comunitários e agricultores familiares do Pólo Rio Capim do PROAMBIENTE. Os objetivos do estudo foram alcançados por meio de uma pesquisa de campo onde se utilizou as abordagens quantitativa e qualitativa, tendo sido utilizados como instrumentos metodológicos questionários, entrevistas e observações. Os indivíduos estudados (agentes e agricultores) foram analisados por tipos: agentes e agricultores tipo A, agentes e agricultores tipo B e agentes e agricultores tipo C. Os processos de capacitação identificados foram divididos em cinco classes: 1- curso em técnicas de produção e processamento de produtos, 2- intercâmbios e dias de campo, 3- cursos de gestão da propriedade, 4- participação em eventos e, 5- outros. As mudanças identificadas foram analisadas qualitativamente fazendo uso da análise das entrevistas. Quantitativamente foi realizada uma avaliação para as variáveis investigadas (mecanização, uso do fogo, uso de insumos, contratação de mão-de-obra, troca de diárias e mutirões, renda da família, participação em cursos, produção, qualidade dos produtos, despesas com a produção, despesas com a família, incidência de pragas e doenças e doenças na família) entre indivíduos (agentes ou agricultores) dos tipos A, B e C, e níveis de respostas (aumentou, permaneceu, diminuiu). As conclusões revelam que os agentes do tipo A sofreram elevada influência de processos de formação anterior ao PROAMBIENTE o que incidiu na mudança de práticas agrícolas em seus lotes. Os agentes do tipo B têm dificuldade na implantação de ações agroecológicas pela falta de tempo em decorrência do seu envolvimento político/sindical e a atividades externas a unidade de produção. Já os agentes do tipo C de igual modo ao tipo B possuem elevado envolvimento político, ainda acrescenta-se o baixo nível de capacitação o que influencia para a não adoção de práticas agroecológicas. De modo geral os processos de formação técnica/sensibilização que geraram mudanças nas unidades dos agricultores independentes do tipo em que foram classificados, em sua maioria foram promovidos pelo PROAMBIENTE. Por fim, a transição agroecológica necessária as unidades de produção dos entrevistados não se dará somente pela substituição e/ou eliminação de insumos agrícolas, mas pela racionalização na forma de uso dos recursos naturais, tendo sido estes os elementos essenciais da agricultura familiar na Amazônia.