Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
ALMEIDA, Amanda Cantanhede Bezerra de Campos
 |
Orientador(a): |
ARAÚJO, Eliete da Cunha
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
|
Departamento: |
Instituto de Ciências da Saúde
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15690
|
Resumo: |
Introdução: A maternidade, no contexto da epidemia da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é marcada pelos desafios do enfrentamento de uma doença crônica e estigmatizante e pelo temor da transmissão vertical (TV). Há um aumento crescente de mulheres infectadas pelo HIV sendo a grande maioria infectada em faixa etária reprodutiva. Concomitantemente, muitas dessas mulheres têm seu diagnóstico durante o período gestacional, caso não tenham um acompanhamento de qualidade podem aumentar as chances de ocorrer a TV. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico e sociodemográfico de gestantes soropositivas para o HIV e seus recémnascidos (RN) em Belém/Pará no período de 2007 a 2016. Casuística e método: Estudo retrospectivo de natureza quantitativa, abrangendo uma amostra composta por 802 gestantes soropositivas para o HIV e 210 de seus recém nascidos, de Belém (Pará), no período de 2007 a 2016. A fonte de dados foi o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) disponibilizados pela Secretaria do Estado de Saúde do Pará (SESPA) e a análise foi realizada por meio de estatística descritiva e analítica. Resultados: Houve 802 gestantes e 210 recémnascidos nos dez anos estudado. Obtevese um aumento de 52,2% no número de casos de gestantes soropositivas para o HIV durante os 10 anos de estudo. A maioria das gestantes estudadas (73%) estavam na faixa de 20 a 34 anos. Sendo que, 21% das gestantes eram adolescentes e 37% delas tinham apenas o ensino fundamental incompleto. O prénatal foi realizado por 83% das pacientes. O diagnóstico de soropositividade ao HIV era conhecido em 79% delas. Cesárea de urgência foi realizada em 69% das gestantes. A terapia antirretroviral (TARV) foi realizada em 76% das pacientes durante a gestação e 69% durante o parto. TARV foi realizada em 83% dos RN nas primeiras 24 horas de vida. Conclusões: O desafio da prevenção da TV ainda persiste, apesar do árduo trabalho desenvolvido e de várias medidas implantadas pelo Ministério da Saúde (MS). Muitos obstáculos como a baixa escolaridade, baixa qualidade do prénatal, além do não uso da TARV durante a gestação, no momento do parto e após o parto no RN exposto, aumentam as chances de TV. Porém, esses desafios podem ser vencidos a partir de um esforço hercúleo e conjunto de profissionais de saúde, gestores e governantes. Falhas no acompanhamento da gestação, do parto e sobre o recémnascido, apontam para a necessidade de melhorias na assistência. Portando, maiores esforços e investimentos se fazem necessários para garantir o nascimento de bebês saudáveis de mães soropositivas para o HIV. |