Fogo e queimadas: histórico, risco e calendário meteorológico na Amazônia Oriental.
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Museu Paraense Emílio Goeldi |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
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Departamento: |
Instituto de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/12212 |
Resumo: | A utilização de fogo como forma de limpeza do solo está amplamente inserida no processo produtivo da Amazônia, sendo um dos elementos que impulsionam a expansão agrícola na região. Nesta pesquisa foi proposta a análise do quadro geral das queimadas na região Amazônica com o objetivo de abordar a complexidade que envolve este tema, como o mesmo pode ser tratado como um problema social, porém com reflexos sobre a questão climática. Analisamos os parametros legais do uso do fogo em práticas agrícolas e foi desenvolvido um calendário meteorológico indicando o momento em que as condições ambientais são mais favoráveis para a utilização desta prática de forma mais segura. Os resultados indicaram que o atual cenário de queimadas na Amazônia pode estar relacionado a uma combinação de escolhas, como a questão das queimadas poderia ter sido tratada e como de fato ela foi. Indicando que as principais ferramentas são voltadas para o combate os efeitos da queima e não a sua origem. Observou que ferramentas como o Índice de Risco de Fogo utilizado pelo INPE possui sua acurácia reduzida, devido o mesmo considerar somente variáveis ambientais, não incluindo à ação do homem como parâmetro, o que torna limitada a eficiência em antecipar a ocorrência de uma queimada. A análise das pesquisas mais recentes apontou para o uso do fogo controlado como a opção mais viável para a mudança do cenário atual, assim, a abordagem principal desta pesquisa foi criar um calendário meteorológico de manejo para o uso do fogo no campo da forma mais segura. A conclusão desta pesquisa mostra que a educação ambiental é a forma mais eficaz de combater o uso excessivo de queimadas, porém, isto é um investimento para o futuro. Para o cenário atual a criação de um calendário de queimadas baseado na variabilidade pluviométrica mensal local, permitindo que as queimadas sejam realizadas em momentos mais propícios a sua não propagação indesejada. Assim, o número de focos de queimadas sem controle pode ser reduzido de forma eficaz e as perdas de biodiversidade e econômicas podem ser menores. Sendo este o caminho a ser percorrido enquanto a educação ambiental não cumpre seu papel em alterar esta cultura dentro da região Amazônica. |