Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
MARTINS, Rosiney Araújo
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Orientador(a): |
COSTA, Marcondes Lima da
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
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Departamento: |
Instituto de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14901
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Resumo: |
Nos arredores da localidade de Bielândia-TO, a Formação Pedra de Fogo (Permiano Superior da Bacia do Parnaíba) foram coletados vegetais fossilizados, associados a uma sucessão sedimentar, constituída de arenito basal, sobreposto por siltitos e argilito no topo, com nódulos e níveis contínuos de sílex em toda sua extensão. Estudos morfo-anatômicos, com base na identificação do tipo de sistema vascular (estelo) preservado, de 17 exemplares de vegetais fossilizados revelaram a presença de 9 caules, 4 raízes e 2 pecíolos, sendo que 2 exemplares não foram identificados devido a poucos elementos anatômicos preservados. No geral, o sistema vascular dos caules consiste de massas de feixes vasculares (xilema), limitados por uma parede de parênquima de reforço, imersos numa matriz de parênquima fundamental. Vestígios de floema foram observados. Externamente, encontra-se rodeado por uma capa de raízes adventícias, constituídas por feixes vasculares imersos em parênquima fundamental. Esta configuração é característica da família Psaroniaceae, representada, neste trabalho, pelos gêneros Psaronius e Tietea, cuja a morfologia do estelo permitiu a identificação das espécies Psaronius brasiliensis e Tietea singularis. As raízes exibiram estelo do do tipo protostelo e o pecíolo mostrou incipiente estruturação em forma de anéis concêntricos. Apenas 1 exemplar representou a família Taxaceae, pela presença de esclereídeos e traqueídeos. Estudos de 34 lâminas delgadas, representativas de cortes transversais e longitudinais à estrutura preservada do vegetal, demostraram a presença do quartzo cristalino granular e prismático, juntamente com o quartzo microcristalino, com destaque para a variedade calcedônia, tanto fibrorradial como em franjas. Na DRX, análises de 17 amostras totais e 17 frações isoladas dos tecidos identificados, os difratogramas desenharam o padrão do quartzo e pequenas reflexões de anatásio, calcita e hematita. Nos espectros de infravermelho essas amostras registraram bandas diagnósticas do quartzo (1166, 1082, 798, 800, 694, 511 e 462 cm-1) e restritamente bandas de matéria orgânico (próximas a 3000 cm-1) e ainda o doublet 3700 e 3622 cm-1, juntamente com as bandas 1103, 1035, 1011 e 915 cm-1 característico da caulinita desordenada. A cristalinidade do quartzo é media e baixa, com valores próximos a 5,0 (índice calculado, por DRX, segundo Murata & Norman, 1976). Imagens de MEV revelam duas fases distintas: uma rica em microcavidades, típicas do parênquima e contatos de células parenquimáticas, e outra mais maciça, predominante nos vasos e parênquima fundamental. Análises por microssonda eletrônica mostram composição de sílica praticamente pura (99,73 % SiO2) a valores de 76,37 % SiO2. Os valores mais elevados das principais impurezas foram: Al2O3=5,95 %; Fe2O3=2,45 %; CaO=0,22 %; Na2O=0,19 % e TiO2=1,52 % e são coincidentes com amostras do esclerênquima, onde aparecem a caulinita e a hematita com mais freqüência. Os vegetais identificados caracterizam uma flora Permiana, típica de pântano, onde mudanças ambientais, que tornaram o pH mais alcalino, promoveram a morte de floresta juntamente com a permineralização da sílica nos tecidos das plantas, permitiu a preservação de detalhes histológicos minuciosos. A presença de matéria orgânica, relacionada a metil e metileno, confirmaram ainda a origem do processo como de infiltração e impregnação, desenvolvido a temperaturas relativamente baixas (abaixo de 200° C). |