Efetividade do uso de protocolos de reabilitação sensorial e motora em pacientes hansenianos com dano neural nos pés

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: SILVA, Rodrigo Luis Ferreira da lattes
Orientador(a): XAVIER, Marília Brasil lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais
Departamento: Núcleo de Medicina Tropical
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9093
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo principal avaliar a efetividade de protocolos de estimulação sensorial superficial e profunda na recuperação de pacientes hansenianos com dano neural nos pés. Trinta e seis pacientes distribuídos em 3 grupos de mesmo tamanho foram submetidos a 30 sessões de atendimento fisioterapêutico. O grupo controle (GC) realizou atividades recomendadas pelo Ministério da Saúde, enquanto outros 2 grupos receberam tratamento experimental. O Grupo de Estimulação Sensorial Superficial (GESS) foi caracterizado pela aplicação de diferentes estímulos táteis e térmicos na região plantar. O Grupo de Estimulação Sensorial Profunda (GESP) realizou exercícios proprioceptivos. Os grupos passaram por três avaliações (inicial e após cada 15 sessões de tratamento) aonde se registrava o nível de sensibilidade plantar, o índice do arco plantar e a força de alguns movimentos do pé (dorsoflexão, eversão, flexão plantar e flexão de artelhos) avaliada por uma célula de carga. Em relação à sensibilidade plantar todos os 3 protocolos apresentaram níveis significantemente melhores do que no momento inicial da pesquisa, apesar do desempenho desfavorável do GESS nas primeiras 15 sessões. Quanto ao arco plantar, o GESP apresentou perceptível tendência para sua elevação, desde as primeiras 15 sessões, superando os demais grupos em todos os momentos da pesquisa, embora esta superioridade não tenha alcançado significância estatística. Quanto à evolução da força, o movimento de dorsoflexão apresentou evolução significante após a realização das 30 sessões apenas para o GC. Para o movimento de eversão, novamente houve ganho significativo de força após 30 sessões de intervenção fisioterapêutica, apenas para o GC. O GESP apresentou evolução significativa apenas de força média e entre a 1a e a 2a avaliação. Ao final das 30 sessões de atendimento nenhum dos grupos demonstrou superioridade significante em relação ao outro. O movimento de flexão dos artelhos demonstrou melhores resultados para o GESP, que foi o único grupo a apresentar evolução significante de força após as 30 sessões de atendimento, apesar da discreta redução na segunda fase. Ao final desta investigação constatou-se que o GESS demonstrou ser menos efetivo para a melhora da sensibilidade plantar, nas primeiras 15 intervenções, compensando este resultado após a persistência de sua aplicação por mais 15 sessões, quanto então apresentou os melhores resultados de evolução da sensibilidade plantar. Por outro lado o GESP demonstrou apresentar influência tanto sobre o ganho de sensibilidade plantar, quanto sobre a elevação do arco plantar. O GESP foi também mais efetivo para a evolução de força dos movimentos de flexão de artelhos e flexão plantar.