Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
CONCEIÇÃO, Adélia Oliveira da
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Orientador(a): |
XAVIER, Marília Brasil
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais
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Departamento: |
Núcleo de Medicina Tropical
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9171
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Resumo: |
A hanseníase provoca inflamações, reações imunológicas e processos compressivos que podem evoluir de um dano neural leve e transitório a uma lesão completa do nervo. É a principal causa não traumática de neuropatias periféricas onde cerca de 20% dos pacientes apresentam algum tipo de incapacidade física pós-alta. São poucos os trabalhos que discutem os fatores de risco que podem ocasionar essas incapacidades. Neste trabalho investigou-se o dano neural em uma coorte clinica de pacientes hansênicos pós-alta medicamentosa na Colônia do Prata, no período de 1997 a 2009 e os fores de risco para incapacidade fisica no momento do diagnóstico e no pós-alta. O estudo foi tipo coorte histórica de 63 pacientes no periodo 1997 a 2009- Vila de Santo Antônio do Prata em Igarapé –Açu, Pará. Foram coletados dados da ficha de notificação/investigação do Sistema Nacional de Informações de Agravo de Notificação (SINAN), dos prontuários e da avaliação pós-alta quanto ao grau de incapacidade fisica. As variáveis sociodemográficas, clínicas e das funções neurais foram organizadas em planilhas do Microsoft Excel® 2003 e analisadas nos programas Epi Info versão 3.5.2 e BioEstat versão 5.3 e apresentadas na forma de tabelas, quadros e gráficos. No diagnóstico os fatores que mais ofereceram chance para incapacidade fisica foram: ter dono sensitivo 21,67 mais chance de incapacidade, apresentar choque/dor/espessamento tronco nervoso aumenta e 20 a chance de incapacidade, reação hansênica 9 vezes mais chances, ter dor a palpação do tronco nervoso oferece 7,32 mais chances, ser multibacilar apresentou 7,29, ser virchowiano aumenta em 6,68 vezes e a presença de dano motor aumenta em 6,38 vezes a chance de incapacidade fisica no diagnóstico. Na avaliação pós-alta apenas 63 casos foram avaliados para os quais os fatores de risco mais importantes foram: a presença de dano sensitivo no diagnóstico é 1,89 mais riscos, incapacidade fisica no diagnóstico 1,55 mais riscos e ser multibacilar oferece 1,36 vezes mais riscos para incapacidade fisica após a alta por cura. Dentro dos 4 grupos formados a partir dos 63 casos houve piora do dano sensitivo na maioria dos casos em que a forma clínica era dimorfa o grau de incapacidade apresentou-se estável e com piora em alguns casos. Permitiu-se concluir para população em estudo que: apresentar algum tipo de dano neural (sensitivo e/ou motor) no momento do diagnóstico aumenta as chances de incapacidades no diagnóstico e de agravar o dano neural após a alta por cura, a presença de incapacidade fisica no momento do diagnóstico pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de novas incapacidades ou piora das já instaladas e que houve agravamento do dano (sensitivo ou motor) após a alta por cura mesmo sem a mudança no grau de incapacidade segundo a classificação do Ministério da Saúde, capazes de afetar a qualidade de vida e a autonomia do indivíduo. |