Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
BARRA, José Domingos Fernandes
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Orientador(a): |
SILVA, Gilmar Pereira da
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Instituto de Ciências da Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11649
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Resumo: |
Esta tese trata das transformações no mundo do trabalho e as implicações na formação dos pescadores artesanais com ênfase na Amazônia tocantina, compreendida a partir do município de Cametá, estado do Pará. É um trabalho que procura revelar as mudanças que alteraram a vida do Pescador Artesanal, a reconfiguração de sua dinâmica de vida e as estratégias adotadas para se formar frente às exigências do mundo contemporâneo, a partir das diversas formas de interação que se dão no trabalho na relação com o rio. É uma pesquisa de cunho qualitativo do tipo estudo de caso. Realizamos para efetivação da pesquisa, levantamento bibliográfico, trabalho de campo nas comunidades ribeirinhas da Amazônia tocantina, especificamente nas comunidades de Rio Ovidio e Joroca de baixo, no município de Cametá, onde fizemos entrevistas por meio de questionários semiestruturados e observação participante, tratando-se as falas dos informantes por meio da análise do conteúdo. A partir da compreensão das categorias trabalho, formação e qualificação, buscamos o aporte teórico da pesquisa consubstanciado por Marx (2008), Gramsci (1987, 1988, 2006), Antunes (2003, 2006, 2009, 2013), Diegues (2015), Marx e Engels (2006, 2007), dentre outros. As análises possibilitaram tecer indagações sobre o que se espera do trabalho em um território periférico, em uma Amazônia periférica. Foi importante perceber que, nesse mundo do trabalho, há um ‘enquadramento’ dos pescadores artesanais em uma perspectiva unilateral, a partir da lógica do capitalismo global, onde são invisibilizados os territórios rurais no campo da pesca artesanal. Por outro lado, é possível evidenciar as resistências, as formas que esses pescadores vêm buscando para o enfrentamento ao mundo do trabalho, a partir da formação humana nas comunidades cristãs e da Prelazia de Cametá e, posteriormente, na lógica dos movimentos sociais, tendo como referência a Colônia de Pescadores Z-16 de Cametá, que influenciaram no processo constitutivo, ou na produção dos saberes ou nas formas de participação e possibilitaram, em um processo dialético, a redefinição de seus saberes readequando práticas sociais econômicas e organizativas. Houve mudanças no mundo do trabalho em que isso implica no processo de constituição do pescador artesanal, pois há um processo de contradição advindo do mundo do trabalho vinculado às alterações dos territórios da pesca, e, ao mesmo tempo, possibilitou-lhes acesso aos bens de consumo necessários aos modos de vida com qualidade; aliado a isso, é fluente o convívio com problemas que são de cunho ambiental, intensificados pela prática de trabalho, pelas ações culturais, fruto do capital que tem gerado conflitos, migrações e proletarização do trabalhador da pesca |