Pescadores artesanais da colônia Z-16: relações de produção-formação e práxis política

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: MARTINS, Egidio lattes
Orientador(a): ARAÚJO, Ronaldo Marcos de Lima lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Instituto de Ciências da Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9340
Resumo: A presente tese aborda as relações de produção-formação e práxis política dos Pescadores Artesanais da Colônia Z-16, no município de Cametá, no Estado do Pará. Trata-se de um Estudo de Caso, com abordagem qualitativa, apoiado no materialismo histórico dialético. Como procedimentos de coleta de dados, utilizamos entrevistas semiestruturas e análise documental, o tratamento dos dados seguiu as orientações da análise de conteúdo. Os fundamentos teóricos se pautam principalmente em Marx (2013), Gramsci (1988), Lukács (2013), Vázquez (2011), Thompson (2011), Grzybowski (1987), Mészáros (2005), Marx e Engels (2009) e outros. Nossa hipótese destaca que os pescadores da Z-16, ao desenvolverem suas atividades de subsistência, materializam relações de produção-formação e, integradamente, constituem uma práxis política que se contrapõe à lógica da classe dominante. Identificamos que os pescadores assumem uma práxis política coletiva, fruto das suas relações de produção-formação e de sua experiência histórica no contexto da luta de classes, mas que essa se dá em meio a contradições em relação ao poder estatal burguês e em relação aos próprios pescadores. Concluímos que esses sujeitos, ao mesmo tempo que produzem, formam-se como sujeitos políticos, construindo espaço a partir de suas organizações, de modo que, ao lutar para dar conta de sua existência, constroem também uma postura social contra-hegemônica. São experiências desenvolvidas pelos pescadores que ultrapassam os trabalhos como atividade técnica da pesca e que os fortalecem como uma fração da classe trabalhadora.