Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Ruthane Saraiva da
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Orientador(a): |
ACEVEDO MARIN, Rosa Elizabeth
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido
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Departamento: |
Núcleo de Altos Estudos Amazônicos
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16316
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Resumo: |
Os impactos/efeitos antrópicos sobre os estuários amazônicos são diversos e dispersos, e entre os mais agravados contam-se: o desmatamento em seu entorno, a poluição de rios, a contaminação pela ausência de um sistema de esgoto e de coleta regular de resíduos sólidos, a precariedade da vida diária pela falta de água encanada e tratada adequadamente, entre outros. Para muitos, as ilhas são desabitadas, e tampouco têm modos de vida nesses lugares, fato que, no imaginário social, parece uma natureza intocada, conservando a biodiversidade. Pelo contrário, as ilhas são lugares de povos e comunidades tradicionais, que preservam um modo de vida, cujo cotidiano está imbricado nas relações com a paisagem e a cidade. Partindo dessa linha de pensamento, inserimos as problemáticas das ilhas num debate socioambiental. A pesquisa objetivou analisar as dimensões socioambientais que as Ilhas ao Sul da Grande Belém, estado do Pará, apresentam em decorrência das intervenções territoriais e os seus efeitos ecológicos e sociais para as comunidades insulares, cujos conhecimentos e saberes, relações socioculturais, práticas e modos de uso desse ambiente são específicos. O estudo seguiu um caráter documental e de breve pesquisa de campo à maneira de survey; valeu-se de entrevistas semiestruturadas e livres com lideranças comunitárias, pescadores e moradores mais antigos das ilhas que lutam pela preservação delas e pela defesa de seu território. Nesse percurso trilhado, os ribeirinhos das ilhas percebem mudanças/transformações no ambiente insular, alterações no seu modo de vida, perda de território com venda “ilegal” de terrenos e danos irreparáveis à biodiversidade. A dimensão insular apresenta uma expansão urbana crescente, interferindo no ordenamento territorial, na paisagem, nos modos de vida das comunidades ribeirinhas, que são obrigadas a deslocamentos temporários para outras ilhas e área continental. Essa expansão e os efeitos ambientais provocam a diminuição de terras para o plantio, redução do estoque de pescados e mariscos, e notadamente, o empobrecimento dos recursos alimentícios da floresta de várzea devido à poluição. |