Práticas sociais de lazer e suas relações nos espaços públicos Estação das Docas e Ver-o-Rio em Belém-Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: PEREIRA, Pablo Vitor Viana lattes
Orientador(a): BAHIA, Mirleide Chaar lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido
Departamento: Núcleo de Altos Estudos Amazônicos
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11204
Resumo: O objetivo principal desta pesquisa foi analisar as práticas sociais de lazer e suas relações nos espaços públicos Estação das Docas e Ver-o-Rio. Para isso, buscou-se analisar os projetos e as ações governamentais voltados às práticas sociais de lazer e as formas de vigilância dos dois espaços estudados, identificar quais são as práticas sociais de lazer dos usuários nesses dois espaços e identificar os entraves e as possibilidades das práticas sociais de lazer dos usuários. Como procedimento teórico-metodológico utilizou-se o conceito de habitus, proposto por Bourdieu (1983), para entender as práticas sociais de lazer na Estação das Docas e Ver-o-Rio. Optou-se por uma pesquisa descritiva analítica, com abordagem qualitativa, por meio da combinação entre levantamento bibliográfico, análise documental e pesquisa de campo, com observação sistemática e entrevistas semiestruturada. Conforme foi observado nas análises dos dados, os dois recortes espaciais dessa pesquisa se revelam representativos, por diferentes contextos da história. Em se tratando do Complexo Turístico Estação das Docas, muitos usuários conseguem vivenciar o lazer, entretanto, de forma “regulada”, com certa vigilância, sem muita liberdade, visualizadas nas normas e regras impressas no “agir” dos funcionários, os quais utilizam de certa autoridade para dizer o que pode e o que não pode fazer no local. No entanto, novos usos acabam fazendo parte da cena e se instalando numa espécie de práticas sociais de lazer com certa liberdade, as quais imprimem pequenas transgressões ao que está imposto como norma. No Complexo Turístico Ver-o-Rio, apesar das práticas de lazer acontecerem de maneira independente, sem muitas normas, regulação e vigilância, ficou evidente, por exemplo, que a falta de segurança no local, em alguns momentos acaba contribuindo para a ociosidade no espaço. O próprio planejamento de ações do órgão responsável pelo Ver-o-Rio contribui com essa situação, já que as ações e os serviços são direcionados para ocorrerem naquele espaço em determinado horário. Desse modo, ao analisar as práticas sociais de lazer nos dois espaços públicos, foi possível ver determinados aspectos da vida urbana, além de práticas que hora competem hora se complementam. Portanto, conclui-se que analisar as práticas sociais de lazer na Estação das Docas e no Ver-o-Rio revelou não somente os campos de forças atuantes sobre o uso desses espaços, mas também permitiu desvelar práticas sociais, por meio de artifícios e de estratégias que os usuários utilizam para vivenciar o lazer nos dois espaços públicos.