Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
DIAS, Erica Marques
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Orientador(a): |
COSTA, Alda Cristina Silva da
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia
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Departamento: |
Instituto de Letras e Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16106
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Resumo: |
A presente pesquisa buscou compreender como o jornalismo literário constrói o sentido narrativo dos conflitos por terra na Amazônia, em específico o massacre de Eldorado do Carajás, tragédia ocorrida no dia 17 de abril de 1996, que resultou em 19 trabalhadores mortos e mais de 60 feridos em um trecho da PA-150, chamado Curva do S, no estado do Pará. O fato foi notícia nos jornais diários do Brasil e do mundo, assim como em produtos do jornalismo literário, como o livro-reportagem. Por isso, esta dissertação parte de questões que permeiam os conflitos no campo e da abordagem em profundidade de casos reais em produtos do gênero jornalístico-literário. Assim, analisamos a construção narrativa dos conflitos por terra, tendo como corpus de análise o livro-reportagem O Massacre: Eldorado do Carajás – Uma História de Impunidade (2019), escrito pelo jornalista Eric Nepomuceno, com o objetivo de compreender as estratégias utilizadas nessa modalidade jornalística e operacionalizadas no texto. À luz do suporte metodológico da Hermenêutica de Profundidade de J.B. Thompson (2011), a obra foi tomada pela análise sócio-histórica, delineando o percurso histórico e social dos conflitos no campo e do jornalismo literário; a análise formal ou discursiva, em que se empregou a análise pragmática da narrativa jornalística, com base em Motta (2007); e a reinterpretação/interpretação de O Massacre. Os três estágios foram essenciais para a identificação dos recursos narrativos usados pelo autor ao dar espaço sobre uma realidade violenta e que aparece de vez em quando nos noticiários. Nepomuceno reconstrói uma calamidade que pôs fim a dezenove pessoas e marcou a vida de centenas. Demonstra que essa história não faz parte só do passado, mas do presente de milhares de trabalhadores rurais que vivem na esperança diária de ter seu lote de terra e uma vida sem ameaças e mortes. |