Violência simbólica, educação e psicologia sócio-histórica em movimento aos massacres escolares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Vilalba, Théssie Nantes de Brites lattes
Orientador(a): Costa, Jaqueline Batista de Oliveira lattes
Banca de defesa: Levandoski, Gustavo lattes, Aguiar, Marcio Mucedula lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Psicologia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4040
Resumo: A violência em sua dimensão simbólica está relacionada ao plano valorativo que corresponde à reprodução de uma cultura dominante que está presente em determinadas ações, como as pedagógicas. Essa violência concerne à imposição legitimada de um arbitrário cultural que assegura a estrutura social dominante, reforça dicotomias culturais e também colabora com a reprodução de outras formas de violência. Nesse sentido, a Violência Simbólica escolar mostra uma Educação que tem o papel de incorporar, em seu exercício, práticas de um arbitrário cultural dominante, como consequência disso, aqueles/as que não apreendem essas práticas, isto é, alunos/as que não têm a cultura que a escola demanda, são excluídos/as. Sendo, então, uma violência que se inscreve no social e na história e que fornece as condições e as motivações para que outras violências se materializem, desde as imperceptíveis aos episódios de Massacres Escolares. Violências que geram mais violências. Violências vistas como instrumentos de ruptura contra as condições sociais, contra o sistema e os mal-estares que as dinâmicas e o espaço escolar podem representar. Considera-se também a possível relação com a Mídia que pode potencializar a efetivação de violências escolares. Desse modo, o presente estudo teve por objetivo geral: Analisar as possíveis relações entre a Educação, a Violência Simbólica escolar e midiática e os Massacres Escolares. Os objetivos específicos foram: Selecionar descrições de “massacres escolares” disponibilizados na plataforma digital Wikipédia e organizá-los em categorias de análises; Discutir questões/situações comuns e incomuns entre os casos; e Analisar, à luz do referencial teórico, as possíveis explicações que levaram os envolvidos a planejarem e executarem os massacres. Como caminho metodológico traçado buscou-se atender aos critérios de uma pesquisa documental de enfoque qualitativo, em que os conteúdos foram submetidos à Análise de Conteúdo de Bardin (2016) e discutidos sob a perspectiva da Psicologia Sócio-Histórica. Os resultados encontrados propiciam a compreensão das repercussões de condições de Violência Simbólica na história dos sujeitos que levaram à efetivação da materialização de violências no espaço escolar. Ressalta-se a importância de educação crítica fundamental para a transformação de uma sociedade marcada pela violência, que reconheça e defenda as diferenças.