Aspectos geoambientais e climáticos da sub-bacia do rio Guamá no Nordeste Paraense.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: BARBOSA, Ivan Carlos da Costa lattes
Outros Autores: https://orcid.org/0000-0002-7358-5789
Orientador(a): SOUSA, Adriano Marlisom Leão de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15861
Resumo: A sub-bacia do rio Guamá (SBRG) está localizada na Mesorregião do Nordeste mais especificamente na microrregião do Guamá, abrange 12 municípios e vem apresentado um relevante crescimento econômico e social. O rio Guamá possui importância econômica, social e cultural para os municípios da região, pois para ele convergem toda rede de drenagem composta de pequenos tributários e grandes afluentes inseridos. Desta forma, o objetivo da pesquisa foi avaliar a integração de variáveis climáticas, ambientais e hídricas com as transformações atuais do uso e ocupação do solo na área da sub-bacia do rio Guamá, no nordeste paraense. Inicialmente, foram avaliadas as estimativas de precipitação derivadas de satélites (sensoriamento remoto) para a área da SBRG e comparar as observações fornecidas pela Agência Nacional de Águas. Em seguida, foram mapeados e avaliados os diferentes usos e ocupações do solo na SBRG afim estabelecer a vulnerabilidade ambiental a partir da relação de elementos físicos e bióticos e de suas ecodinâmicas. Por fim, foi avaliada a dinâmica de parâmetros físico-químicos da água superficial do rio Guamá em função da variabilidade sazonal e espacial. Concluiu-se que os dados fornecidos pelas bases de dados remotos superestimaram em 12% e 13% (CHIRPS e GPCC, respectivamente) os dados observados por pluviômetros. Porém, apesar da superestimação da precipitação, foi possível obter dados confiáveis e satisfatórios a partir das bases de dados por sensoriamento remoto. Quanto ao uso e ocupação do solo constatou-se maior quantidade de área (57%) caracterizada como solo exposto e vegetação rasteira, e menor quantidade de área (42%) caracterizada como cobertura vegetal densa ou secundária. Assim, notou-se a ocorrência de áreas com vulnerabilidade ambiental alta (porção norte representada pelos centros urbanos de cidades como Ourém e São Miguel do Guamá) e muito alta (porção sul) como resultado do uso e ocupação do solo associado a atividades antrópicas. As áreas classificadas como vulnerabilidade baixa ou muito baixa (porção central e ao sul), menos vulneráveis à degradação ambiental, foram associadas a presença de cobertura vegetal composta por floresta primária e secundária, e menor presença humana. Quanto as variáveis hidroquímicas da água superficial do rio Guamá observou-se elevada heterogeneidade espacial ao longo dos 12 pontos amostrais, a existência de tendências ascendentes e descendentes na direção montante a jusante e a influência da sazonalidade da região. Por fim, é prioritário que os resultados desta pesquisa promovam benefícios à população das diversas localidades visitadas e sirvam como instrumento norteador a políticas públicas que visem a conservação dos recursos naturais.