Diagnóstico geoambiental da sub-bacia hidrográfica do rio Apeú, Nordeste paraense.
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
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Departamento: |
Instituto de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15827 |
Resumo: | O presente trabalho teve como objetivo avaliar o estado ambiental e a qualidade da água do rio Apeú frente aos tipos de uso e ocupação do solo, variação sazonal da precipitação e o grau de vulnerabilidade ambiental na sub-bacia hidrográfica do rio Apeú. Assim, para alcançar o objetivo foram realizadas a análise do desempenho da estimativa de precipitação do produto CHIRPS para sub-bacia do rio Apeú, a determinação do diagnóstico ambiental da sub-bacia hidrográfica através de fatores geoambientais e climáticos, assim como, a caracterização espacial e temporal da qualidade da água do Rio Apeú e a comparação dos resultados das análises físico-químicas segundo os padrões de qualidade estabelecidos em legislações específicas. Diante disso, foi avaliado o desempenho dos dados de precipitação estimados pelo produto CHIRPS, para sub-bacia em relação aos dados observacionais das estações meteorológicas do INMET e ANA. Para a validação dos dados estimados pelo CHIRPS, foram calculados o Coeficiente de Correlação (r), Erro Percentual Médio (PBIAS), Erro Quadrático Médio da Raiz (RMSE) e o Índice de Concordância (d). Após a validação foram construídos mapas que mostrassem a espacialização da precipitação estimada pelo CHIRPS mediante a interpolação dos pontos de grades pertencentes a sub-bacia. Em geral, os dados do produto tenderam a superestimar a precipitação pluvial medida na região de interesse, principalmente no período chuvoso, embora haja um ajuste melhor ao observado no período menos chuvoso. Além disso, foi analisado o uso e ocupação do solo, a morfometria, a precipitação e a vulnerabilidade ambiental, por meio de geotecnologias. Por meio da morfometria observou-se que a SBHRA apresentar forma retangular e alongada, conferindo à sub-bacia baixa suscetibilidade a ocorrências de enchentes. Enquanto que o resultado de uso e ocupação mostraram que 55,25% da SBHRA é composta por vegetação densa e secundária, seguida por 27,04% representada por pastagem e culturas e 16,93% de solo exposto. A análise integrada das variáveis geoambientais analisadas, permitiram a elaboração do mapa de vulnerabilidade ambiental da SBHRA. Permitindo observar que, a SBHRA encontra-se com maiores graus de vulnerabilidades baixos e muito baixos (65,27%). Porém, é nítido por meio da representação cartográfica da vulnerabilidade, uma distribuição acentuada dos fragmentos de vulnerabilidade médio (22,47%), principalmente correlacionados as classes de vegetação rasteira, distribuídas quase sempre próximos às áreas de vegetação, seguida pela distribuição da vulnerabilidade alta (11,26%), correlacionada com às áreas antrópicas. Quanto a qualidade da água superficial do rio Apeú, foram quantificados os parâmetros físico-químicos pH, oxigênio dissolvido (OD), condutividade elétrica (CE), temperatura da água (Temp), turbidez (Turb), alcalinidade (ALC), cloreto (Cl-) e dureza total (DT), em um período sazonal de quatro campanhas (período chuvoso e menos chuvoso) e avaliado a qualidade especial e temporal das águas do rio, com auxílio da estatística descritiva e multivariada em 8 pontos amostrais. De acordo com os resultados obtidos por meio das análises físico-químicas, assim como a aplicação da estatística descritiva e multivariada, foi possível observar que em relação aos padrões estabelecidos pela Resolução do CONAMA 357/2005 os parâmetros apresentam-se dentro dos valores de referência. Através dos resultados, oriundos dos produtos cientifícos produzidos, constatou-se que a sub-bacia do rio Apeú apresenta mudanças de uso e ocupação do solo, refletidas principalmente na qualidade das águas superficiais, com alterações provocadas por pastagens nas áreas de nascentes, avanço da urbanização na área da bacia, demonstrando o não cumprimento de políticas ambientais como a proposta pela Lei Federal Nº 12.651/2012 (Código Florestal Brasileiro), assim como, a presença de áreas com vulnerabilidade médias e altas avançando em direção aos remanescentes florestais, principalmente na região norte da sub-bacia onde encontram-se os pontos de nascente, que se encontram as margens do rio Apeú, configurando uma situação de degradação ambiental dos recursos naturais nos limites da sub-bacia hidrográfica do rio Apeú. |