Interação das variáveis climáticas e ambientais na formação de microclimas em ambientes urbanos e rurais do Nordeste Paraense.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: PFEIFF, Greicy Kelly lattes
Outros Autores: https://orcid.org/0000-0002-4713-0617
Orientador(a): MOTA, Maria Aurora Santos da lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15831
Resumo: A globalização promoveu o aumento do êxodo rural ao longo das últimas décadas. Esse processo causou a aglomeração de pessoas nas grandes e pequenas cidades. Essas mudanças associadas ao uso do solo desencadeou o surgimento de microclimas em áreas urbanas. Neste contexto, o objetivo da pesquisa foi avaliar as condições climáticas e ambientais dos municípios de Colares, São Caetano de Odivelas, Santo Antônio do Tauá e Vigia que compõem a mesorregião do Nordeste Paraense. Foram utilizados dados de mudança de uso e cobertura do solo do projeto MapBiomas, imagens de satélite AQUA/TERRA do sensor MODIS e do Landsat 5 TM e 8 OLI/TIRS com o auxílio da plataforma Google Earth Engine, com intuito de estimar os índices de vegetação, temperatura de superfície terrestre e ilhas de calor de superfície entre 1990 e 2020. Dados observados de temperatura do ar, umidade relativa do ar e precipitação foram coletados no projeto “Entendendo a variabilidade do clima regional no Nordeste Paraense” no período de janeiro a dezembro de 2010. Os resultados mostraram um aumento populacional nos quatro municípios de 1990 a 2020, o que desencadeou a redução de diversos fatores como a vegetação natural e a qualidade dos fragmentos de vegetação. Além disso, o aumento populacional promoveu o aumento da temperatura de superfície e na formação de ilha de calor de superfície. A temperatura do ar teve baixa variação ao longo do ano, mas a precipitação apresentou um comportamento heterogêneo caracterizada pelo período chuvoso e menos chuvoso. O índice de conforto térmico foi classificado como parcialmente confortável em áreas rurais e desconfortável nas áreas urbanas. Foi possível concluir que o microclima urbano mudou nos últimos 30 anos. Além disso, as mudanças climáticas podem promover a intensificação dessas alterações. Assim, as análises das variáveis meteorológicas e ambientais de forma interdisciplinar podem auxiliar no gerenciamento da paisagem dos municípios de forma a mitigar os efeitos das ilhas de calor e manter a qualidade de vida da população.