Avaliação da torta de dendê na dieta de caititus (Pecari tajacu) criados em cativeiro
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Universidade Federal Rural da Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal
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Departamento: |
Campus Universitário de Castanhal
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8447 |
Resumo: | A criação comercial de caititu (Pecari tajacu) tem despertado interesse em produtores rurais, devido à demanda pelo consumo da carne e utilização industrial de subprodutos como a pele. Todavia, o maior custo com a produção da espécie em cativeiro é o gasto com a alimentação. Neste contexto, a torta de dendê (Elaeis guineensis), um coproduto extraído da amêndoa do fruto, possui baixo custo e alta disponibilidade no Estado do Pará-Brasil, podendo ser utilizada na dieta animal. Tendo em vista isso o objetivo deste trabalho foi testar a eficiência da inclusão da torta da amêndoa de dendê em substituição ao farelo de trigo em rações para caititus, verificando-se o ganho de peso, o consumo de ração e as características de carcaça e dos não componentes da carcaça. Para isso, analisou-se o efeito de níveis crescentes de inclusão da torta de dendê, com 0%, 7,5%, 15% e 22,5%, em rações ofertadas aos animais. O experimento foi realizado na Embrapa Amazônia Oriental, em 12 baias experimentais (12m2), sendo utilizados 40 caititus machos em fase de terminação. Os animais foram alojados dois em cada baia, recebendo a ração correspondente ao tratamento. Cada recinto serviu como uma unidade experimental, sendo as baias e os respectivos tratamentos definidos por meio de sorteio. Os animais foram distribuídos de acordo com o peso e a idade, utilizando-se para tanto o delineamento experimental em blocos casualizados. Após o experimento nutricional, os animais foram abatidos em abatedouro comercial para suínos. De acordo com os tratamentos utilizados (0%, 7,5%, 15% e 22,5%), o ganho diário de peso (GDP) foi de 46,85g, 26,83g, 36,10g e 52,13g, e o consumo diário de ração, de 437,68g, 440,27g, 436,54 e 436,25g, respectivamente. Houve ganho de peso médio nos animais medida à que a inclusão da torta de dendê foi aumentando, muito embora a diferença significativa (p<0,05) tenha sido observada somente no T7,5% em relação ao T0% e T22%. Para cada tratamento utilizado (0%, 7,5%, 15% e 22,5%), o rendimento de carcaça foi 59,54%, 56,63%, 56,58%, 62,07%, e a porcentagem de pernil em relação à meia carcaça esquerda foi 31,61%, 33,58%, 30,16% e 35,57%, respectivamente, sem haver diferença significativa (p>0,05). Apesar de não haver diferença significativa entre os tratamentos utilizados em ambas variáveis, foi observada uma tendência de elevação de 4% e 12%, para os rendimentos de carcaça e porcentagem de pernil em relação à meia carcaça esquerda, respectivamente, no T22,5%, quando comparado ao T0%. O peso vivo, o peso em jejum, o comprimento e o peso de carcaça, sangue, cabeça, pele, órgãos e glândulas, patas e cortes comerciais não foram influenciados pelos níveis de inclusão da torta de dendê (p>0,05). Os resultados sugerem a inclusão até o nível de 22% de torta de dendê na ração de caititus, em substituição ao farelo de trigo, sem que ocorra prejuízo ao desempenho dos animais. |