Juventude e participação: jovens na gestão compartilhada da Reserva Extrativista Marinha de Caeté-Taperaçu, em Bragança, Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: LAMARÃO, Maria Luiza Nobre lattes
Orientador(a): MANESCHY, Maria Cristina Alves lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia
Departamento: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8975
Resumo: Discute a incipiente participação de jovens na gestão compartilhada da Reserva Extrativista Marinha de Caeté-Taperaçu, em Bragança, Pará, partindo da seguinte questão: se a Reserva Extrativista é uma política pública instituída na perspectiva de sustentabilidade socioambiental do território, como garantir a sustentabilidade sem significativa participação de jovens? Os dados da pesquisa foram obtidos a partir de entrevistas com oitenta jovens moradores de duas vilas da reserva, bem como junto a lideranças e gestores. Constatou-se que eles têm práticas de engajamento na vida coletiva de suas comunidades sem, contudo, alargarem essa participação para as arenas da gestão do território, especialmente os comitês locais e os conselhos. Com efeito, eles em geral desconhecem a política da qual são beneficiários e não há ações consistentes de formação para os novos engajamentos que a gestão compartilhada requer. Vivem o dilema de permanecer ou sair de suas comunidades em razão da falta de oportunidades de estudo e trabalho no lugar, o que os faz pensar seus projetos de vida para além da pesca, da coleta de caranguejos, da pequena agricultura e das fronteiras de suas comunidades. Há, portanto, necessidade de investimentos em processos socializadores de jovens para a atuação nas instâncias formais da gestão, processos que estimulem seus potenciais criativos, fortalecendo a cooperação, sobretudo em prol da promoção e do fortalecimento dos meios de vida e da cultura, garantidores da identidade do território em sua nova configuração social e política.