Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
MATOS, Eliseth Costa Oliveira de
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Orientador(a): |
LIMA, Karla Valéria Batista
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais
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Departamento: |
Núcleo de Medicina Tropical
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9118
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Resumo: |
A resistência bacteriana é responsável por grandes preocupações quanto ao impacto imediato aos sistemas de saúde. A proposta deste estudo foi determinar as características epidemiológicas, letalidade e aspectos moleculares de Pseudomonas aeruginosa isoladas de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em hospital de ensino de Belém/Pará e analisar o desempenho do teste de sensibilidade para P. aeruginosa em sistema automatizado VITEK-2 para esclarecimento da resistência. A população do estudo foi constituída de 54 pacientes com infecção por P. aeruginosa internados na UTI adulto, pediátrica e neonatal no período de janeiro de 2010 a março de 2012. Para investigação epidemiológica foram coletados dados demográficos, co-morbidades, tempo de permanência na UTI, classificação dos episódios de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS), uso de procedimentos invasivos, tipo de infecção, terapia utilizada e desfecho do paciente (alta ou óbito), escore de MacCabe Jackson, APACHE II, escore de Charlson. A identificação bacteriana foi realizada a partir dos testes bioquímicos e do sistema Vitek-2. O teste de sensibilidade foi realizado com a aplicação do método de referência microdiluição em caldo, e a detecção da produção de metalo-beta-lactamase pelo método do duplo disco e pela PCR. A genotipagem por amplificação por meio do sistema DiversiLab. A P. aeruginosa foi o segundo patógeno mais freqüente no hospital e esta ocorrência foi maior na UTI adulto. A infecção respiratória foi predominante na UTI adulto, enquanto a infecção de corrente sanguinea prevaleceu nas UTI neonatal e pediátrica. A multirresistência foi mais encontrada na UTI adulto, a média da faixa etária da população foi de 28 anos com tempo de internação em média de 87,1 dias, a maioria das doenças de base eram potencialmente fatais e os principais fatores de risco para aquisição de infecção por PaMR foram o uso de ventilação mecânica e sonda vesical. Podemos afirmar que após os resultados da metanálise foi possível evidenciar que as cepas MR apresentaram taxa de mortalidade maior, com duas vezes mais chances de ocorrer o óbito, sendo a multirresistência um fator de mau prognóstico em pacientes com infecção por PaMR. Foi detectado quatro isolados produtores da variante blaSPM-1 e na genotipagem figurou a presença de similaridade genética maior que 97%, as variações observadas podem ter relação com pressão seletiva existente na UTI adulto, somada a terapia inadequada. Este estudo mostrou a importância de investigação de infecções por patógenos multirresistentes em unidades críticas, contribuindo para o melhor monitoramento e controle destas infecções. |