Estrutura clonal e multirresitência em Pseudomonas aeruginosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Ferreira, Luciana Lobianco
Orientador(a): Asensi, Marise Dutra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8542
Resumo: O presente trabalho teve como principal objetivo avaliar a multirresistência e os fatores envolvidos na resistência aos carbapenemas, em 187 cepas de Pseudomonas aeruginosa oriundas de hospitais no Rio de Janeiro {3) e Mato Grosso do Sul (1 ), e de dois laboratórios da rede de Saúde Pública (ES e BA). O mecanismo de resistência aos carbapenemas foi determinado através da pesquisa da produção de metalo-Beta-lactamase (Mbla) por meio de um teste fenotípico de difusão em duplo disco, utilizando EDTA, e a presença de dois genes responsáveis pela produção deste de tipo de Beta-lactamase, foi verificada através da PCR. No computo geral, 66.3 por cento das cepas mostraram-se resistentes a seis antimicrobianos ou mais. Resistência ao imipeném foi observada em 58,3 por cento dos isolados, e ao meropeném em 57.2 por cento, com 85.3 por cento de positividade para Mbla. A presença dos genes IMP-l e SPM foi detectada em 6.7 por cento e 34.5 por cento, respectivamente. Através da Eletroforese de Campo Pulsado foram identificados 93 genótipos distintos para as 187 cepas analisadas, apontando a prevalência de um perfil genômico (A), detectado em todas as regiões que participaram do estudo. Este se caracterizou por 96.5por cento de positividade para Mbla e 41.4 por cento para o gene SPM. O elevado percentual de multirresistência, e o achado de um genótipo multirresistente prevalente em diferentes regiões do Brasil, indicam a disseminação de genes de resistência o que representa uma grande preocupação principalmente quando isoladas no ambiente hospitalar, por poderem estar envolvidas com surtos e impedir o tratamento de primeira linha.