Juventude, trabalho e educação: a formação da identidade pescadora dos jovens da Colônia de Pescadores Artesanais Z- 16 de Cametá-Pa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: RODRIGUES, Adenil Alves lattes
Orientador(a): SILVA, Gilmar Pereira da lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Instituto de Ciências da Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8467
Resumo: A presente dissertação tem como objeto de investigação a formação da identidade pescadora de jovens afiliados na Colônia de Pescadores Artesanais Z-16 de Cametá- Pa que concluíram o curso técnico de Aquicultura ofertado pelo Centro Integrado de Educação do Baixo Tocantins (CIEBT- Cametá). Para investigarmos esse objeto, assumimos como problema o seguinte questionamento: os jovens da Colônia de Pescadores Artesanais Z- 16 de Cametá- Pa, que fizeram curso técnico de Aquicultura oferecido pelo Centro Integrado de Educação do Baixo Tocantins (CIEBT – Cametá) e hoje mantem uma relação com o mundo do trabalho da pesca, utilizam os conhecimentos sistematizados e adquiridos em tal curso como elementos de formação da identidade pescadora, potencializando tal identidade ao relacionar esses conhecimentos aos saberes produzidos e aprendidos no cotidiano da pesca? Metodologicamente a presente pesquisa foi caracterizada como sendo qualitativa, do tipo estudo de caso, assumindo o materialismo histórico dialético como base epistemológica e a análise de conteúdo como instrumento de apreciação dos dados. Como resultado, os dados empíricos demostraram que: a) a juventude pescadora aqui investigada, ao entender o trabalho da pesca como sendo uma atividade de natureza difícil, penosa e exigente, buscou no curso de Aquicultura alternativas outras que lhes pudessem permitir transformar os sacrifícios e a dureza desse trabalho, ao passo que assim, ao adquirirem os novos conhecimentos, técnicas e práticas do curso, foram transformando não só o trabalho que em comum executavam, mas também as suas próprias maneiras de se reconhecer, perceber e se identificar, o que revelou que esses sujeitos b) não mais estão a se reconhecer enquanto pescadores única e exclusivamente a partir dos saberes que empiricamente construíram no trato cotidiano com a pesca, mas também, a partir do conjunto de conhecimentos, que buscados e adquiridos no curso técnico de Aquicultura, hoje se fazem presentes em suas atividades, modificando e transformando seus processos de trabalho e, consequentemente, suas subjetividades e identidades. E é como resultado dessa mudança de subjetividades e identidades que c) o curso de Aquicultura, para os jovens pescadores, se mostra como sendo uma qualificação não para o mercado de trabalho, mais sim para a vida.