Infecção humana por Leishmania (Leishmania) chagasi em área endêmica de leishmaniose visceral no estado do Pará, Brasil: uma abordagem epidemiológica, clínica e imunológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: ROSAS FILHO, Mário de Souza lattes
Orientador(a): SILVEIRA, Fernando Tobias lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais
Departamento: Núcleo de Medicina Tropical
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9308
Resumo: Foi realizado um estudo transeccional em um coorte de 946 indivíduos de ambos os sexos, acima de um ano de idade, residentes em área endêmica de leishmaniose visceral americana(LVA), no município de Barcarena, nordeste do Pará,Brasil.O objetivo deste estudo foi identificar indivíduos com a infecção sintomática e/ou assintomática causada pela Leishmania(L.) chagasi e estudar clinica e imunologicamente os dois tipos de infecção. Para o diagnóstico da infecção foi usado a reação de imunofluorescência indireta(RIFI) e a reação intradérmica de Montenegro(RIM), com amastigotas e antígenos de promastigotas de Leishmania(L.) chagasi , respectivamente. Os resultados foram marcados com + a ++++: Para a RIFI, os títulos sorológicos de 80-160 e de 320-640 foram dados de + a ++; em relação aos títulos de 1.280-2.560 e de 5.120-10.240 como +++ e ++++, respectivamente. Para a RIM, as reações exacerbadas (acima de 16mm) como ++++; as reações fortemente: positivas(13-15mm) como +++; moderadamente positivas (9-12mm) como ++, e fracamente positiva (5-8mm) como +. A análise da diferença entre os perfis clínico-imunológicos da infecção foi baseada no programa BioEstat 4.0 e os testes Quiquadrado e Binomial com confiança de 95%. Durante o estudo, 12 pessoas infectadas mostraram os títulos sorológicos elevados (1.280 a 10.240 IgG) com reações negativas de RIM: 5 crianças e 2 adultos desenvolveram LVA com títulos de RIFI do 2.560 (IgG) e RIM negativa. Foram detectadas 2 crianças e 3 adultos que desenvolveram infecções sub-clínicas com títulos de RIFI de 1.280 (IgG) e RIM negativa. Além disso, os dois testes permitiram a identificação de 5 perfis clínico-imunológicos diferentes entre os 231 casos da infecção diagnosticados, como se segue: 1. 77% com infecção assintomática(IA), com a RIM que varia de +/++++ e RIFI negativa; 2. 2% com infecção sintomática(IS = LVA) e 3. 1,3% com infecção sub-clínica oligossintomática (IOS), grupos com RIM negativa e RIFI que varia de +++/++++; 4. 9.9% com uma infecção sub-clínica resistente (ISR), mostrando RIM e RIFI com +/++, e 5. 9.8% com uma infecção inicial indeterminada (III), com RIM negativa e RIFI +/++. A respeito da evolução da infecção, a observação principal era que somente um único caso IS( =AVL) evoluiu do perfil III(infecção inicial indeterminada), de uma amostra de 23 casos, enquanto a maioria das infecções evoluíram aos perfis ISR(9 casos) ou ISO(5 casos), sendo que os últimos 8 casos permaneceram como perfil III.