Ocorrência da leishmaniose visceral em cães e gatos em abrigos de animais de Ilha Solteira, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Alves, Maria Luana [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/138242
Resumo: A leishmaniose visceral (LV), doença causada pelo protozoário Leishmania infantum e transmitida pelo flebotomíneo Lutzomyia longipalpis, é considerada um problema de saúde pública no Brasil. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo epidemiológico sobre a ocorrência da LV em cães e gatos e de flebotomíneos em dois abrigos de animais, durante o período de um ano, no município de Ilha Solteira, SP. Amostras de material biológico foram coletadas de 192 cães e de 197 gatos, para realização de exames sorológicos por meio do ensaio imunoenzimático indireto (ELISA), da reação de imunofluorescência indireta (RIFI) para ambas espécies animais e da reação intradérmica de Montenegro para cães. Dos cães examinados, 17,2% (33/192) estavam sorologicamente positivos para LV pelo método ELISA, 19,8% (38/192) pela RIFI e 45,4% (15/33) pela reação intradérmica. Para cães, a concordância entre as técnicas sorológicas foi classificada de razoável a boa, mas quando comparadas à reação de Montenegro foi considerada ruim. No inquérito felino das 197 amostras, a soroprevalência foi de 32,4% (64/197) e 31,9% (63/197) no ELISA e RIFI, respectivamente. Embora a maioria dos cães e dos gatos entregue nos abrigos já estivesse infectada, seis cães e cinco gatos infectaram-se no interior desses abrigos, após algum tempo de permanência nesses recintos. Um total de 131 flebotomíneos foram capturados por meio das armadilhas luminosas, colocadas no interior dos dois abrigos durante o período de dois anos. Os fatores de riscos associados à LV foram determinados estatisticamente pela análise univariada, com valor significativo (p ≤ 0,05), onde o porte pequeno dos cães, o uso de coleira de deltametrina e o diagnóstico precoce foram variáveis determinantes que influenciaram a positividade dos animais, ou seja, as duas últimas variáveis determinaram significativamente na diminuição de casos positivos da doença nos abrigos. Concluiu-se que os animais desses abrigos estavam vulneráveis a essa parasitose por se tratarem de locais com a presença de flebotomíneos vetores e de animais positivos para LV, oferecendo risco para a disseminação da doença no município.