Análise da variabilidade da frequência cardíaca em pacientes hansenianos: análise linear, simbólica e de complexidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: SANTOS, Marcio Clementino de Souza lattes
Orientador(a): SOUZA, Givago da Silva lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais
Departamento: Núcleo de Medicina Tropical
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9099
Resumo: Objetivo: O propósito deste estudo foi avaliar a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em pacientes com história clínica de hanseníase multibacilar, a partir de dinâmicas de análise linear e não linear. Material e Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo experimental não randomizado, com 42 voluntários de ambos os sexos, divididos em 2 grupos de 21. O 1˚ grupo (GH), com 21 portadores de hanseníase, com idade de 39,14 ± 10,58 anos e 2˚ grupo (GC), com 21 sujeitos saudáveis com idade de 36,24 ± 12,64 anos. A captação da FC foi realizada por um cardiofrequencímetro Polar RS800 CX, por um período de 15 min na posição supino e 15 min na posição sentada. A análise da VFC foi realizada pelo domínio da frequência a partir dos índices espectrais de alta frequência (AFun), baixa frequência (BFun) em unidades normalizadas e razão BF/AF. A análise não linear da VFC foi calculada pela análise simbólica (índices 0V%, 1V%, 2LV% e 2ULV%), entropia de shannon (ES) e índice de complexidade normalizado (ICN). Resultados: Na análise espectral da VFC o GH apresentou maiores valores (p<0,05) de BFun e menores valores (p<0,05) de AFun em relação ao GC, na posição supino. Ambos os grupos apresentaram maiores valores (p<0,05) de AFun e menores valores (p<0,05) de BFun na posição supino em relação a posição sentada. Não houve alteração da razão BF/AF na comparação entre os grupos e entre as posições avaliadas. Na análise simbólica o GH apresentou maiores valores (p<0,05) do índice 0V% e menores valores (p<0,05) dos índices 2LV% e 2ULV% em relação ao GC, em ambas posições avaliadas. O índice 1V% foi maior (p<0,05) no GH em relação ao GC apenas comparando a posição sentada. O GC apresentou menores valores (p<0,05) do índice 0V% e maiores valores (p<0,05) do índice 2ULV% na posição supino em relação a posição sentada. O GH apresentou maiores valores (p<0,05) do índice 2ULV% na posição supino em relação a posição sentada. Na analise de complexidade o GH apresentou menores valores (p<0,05) da ES e ICN em relação ao GC, na posição supino. Não houve diferenças entre os grupos na ES e ICN analisados na posição sentada. O GC apresentou maiores valores (p<0,05) da ES e ICN na posição supino em relação a posição sentada. Conclusão: O GH apresentou maior modulação simpática e menor modulação vagal em relação ao GC, indicando menor VFC e modulação cardíaca com baixa complexidade. Na reposta a mudança postural, os grupos apresentaram maior modulação vagal na posição supino, evidenciando maior VFC nesta condição. A análise da VFC por dinâmicas lineares e não lineares se mostrou um método sensível e promissor para investigação da disfunção autonômica em pacientes portadores de hanseníase multibacilar.