Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Torreão, Paulo Santos |
Orientador(a): |
Sarno, Euzenir Nunes,
Nery, José Augusto da Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44249
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Resumo: |
A hanseníase é um importante agravo na saúde pública pela infectividade do agente etiológico e pelo grande potencial de lesões neurais. O vírus da imunodeficiência humana tem grande impacto na saúde coletiva pela morbimortalidade, e pelos altos custos envolvidos no tratamento. Já foi demonstrado que a infecção pelo HIV modifica o curso clínico da hanseníase. Entretanto, dados a respeito das particularidades da coinfecção HIV/M. leprae em multibacilares são escassos, e foram melhor explorados no presente trabalho. Objetivo: Avaliar o efeito da infecção pelo HIV e/ou o seu tratamento no curso das reações hansênicas em pessoas acometidas por hanseníase forma MB. Metodologia: Trata-se de uma série de casos, com análise de 28 prontuários de indivíduos com hanseníase MB coinfectados pelo HIV acompanhados entre 1998 e 2019 no Ambulatório Souza Araújo da Fiocruz. Critérios de inclusão: idade \2265 18 anos, IB >0, e infecção pelo HIV. Critérios de exclusão: diagnóstico do HIV após manifestação da hanseníase ou outra imunodeficiência. Resultados: Foi observado que frequência de reações é alta (>90%), ocorrendo principalmente nos primeiros 6 meses de tratamento. RT1 foi a mais diagnosticada, mesmo em MB. A recorrência de reação também foi frequente, com repetição do tipo anterior. A neurite foi mais frequente naqueles com RT1, acometendo quase metade desses Altos valores de IB, tanto admissional quanto no momento da reação, e altos valores de ILB no momento da reação foram mais frequentes naqueles com RT2 (todos com p-valor<0,05). Formas clínicas próximas ao polo lepromatoso tiveram IB mais altos (p-valor<0,05). O teste da Lepromina foi fortemente positivo em um paciente borderline lepromatoso, denotando instabilidade imunológica. Altos valores de CD4 no período da reação estavam associados à RT2 (p-valor<0,05). Valores de CV no período da reação e a TAR não mostraram essa associação. Conclusão: A manifestação da hanseníase forma MB acompanhada da infeção pelo HIV tem um curso diferente dos casos PB coinfectados com HIV, e diferente também dos MB sem comorbidades. Há grande aumento da frequência de reações, as quais parecem estar associadas com o estado imune e com a carga bacilar do paciente. A endemicidade da hanseníase e a prevalência do HIV enfatizam a importância de monitorar esta coinfecção. |