A dança no palco do imaginário Matinta e Medéia: um entrecruzar poético de fazeres artisticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: SILVA, Ludmila Mello da lattes
Orientador(a): SAPUCAHY, Ana Flávia Mendes lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes
Departamento: Instituto de Ciências da Arte
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7441
Resumo: Esta pesquisa atenta primeiramente para um desdobramento do meu trabalho de conclusão de curso, que me asegurou o título de licenciada plena em dança pela Universidade Federal do Pará. Esse trabalho (TCC) me oportunizou estudar a dança sob três enfoques: a dança do meu corpo, no corpo do outro e as possibilidades que apresentam os estudos míticos em sofrerem ressignificação para um espetáculo de dança. O atual estudo pretende, além de empreender uma interrelação entre dança, cultura, imaginário e mito igualmente viabiliza minha perspectiva analítica sobre o encadeamento entre duas teorias, naquilo em que uma proporciona à outra, além de investigá-las separadamente. A primeira teoria a ser estudada diz respeito à etnodramaturgia poética do imaginário (LOUREIRO, 2009) e expõe sobre a forma como cada pessoa particulariza o que lê. Através da sua leitura o indivíduo imagina o mito, cenarizando-o, dramatizando-o. esta teoria reflete ainda, o processo que irá desencadear outra teoria, a da conversão semiótica (LOUREIRO, 2007), que também se faz presente em minhas análises acerca das relações travadas entre dança, mito e imaginário. O princípio da conversão semiótica presume o reordenamento de uma das funções presentes na reflexão acerca da arte. Através da análise reflexiva da teoria da etnodramaturgia poética do imaginário, adentro em um universo que procura apoiar-se em dois mitos: Medéia (grego) e Matinta (amazônico) para evidenciar a possibilidade de construção da imaginação pautada em um espaço cênico que se cria simultaneamente ao se ler uma narrativa mítica, permitindo de modo efetivo, a realização atuante de outra teoria, e da conversão semiótica, que prevê a ressignificação desses mitos em espetáculos de dança ou teatro, no âmbito das artes cênicas. Ademais, os dois mitos escolhidos para este estudo são fornecedores de significações simbólicas equivalentes apesar de serem originados em culturas tão distantes. Procuro então, evidenciar essas equivalências tomando como exemplos principais minha própria reflexão sobre o tema, ao atuar em um espetáculo de dança cuja essência resultou da ressignificação do mito da Matinta e ao analisar a atuação do artista que, experenciou os dois mitos ressignificados em obras coreográficas, Jaime Amaral, que dançou também o mito de Medéia. Para tanto, meu objetivo principal consiste em analisar de que forma acontece a conversão semiótica do mito em dança por via do processo da etnodramaturgia poética do imaginário fundamentando-me na identificação e investigação da vinculação, no processo de produção, de uma forma formante e forma formada (PAREYSON, 1993) entre os pontos individualizadores, porém convergentes de cada mito estudado, levando em consideração as culturas pertencentes a cada um. À vista disso, aplico a este estudo entrevistas, pesquisas, bibliografias sobre o tema abordado, assim como pesquisas documentais (filmagens e fotos) do artista em questão que já encenou os mitos sobre os quais se delineará o referente estudo, bem como meus apontamentos contidos no diário de bordo fabricado no laboratório de criação do espetáculo Matintas.