Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
PONTE, Lívia Coutinho da
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Orientador(a): |
BARROS, Roberto de Almeida Pereira de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
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Departamento: |
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7249
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Resumo: |
A presente dissertação visa desenvolver uma interpretação acerca da forma como o pensamento de Nietzsche é desenvolvido ocupando-se polemicamente com a filosofia de Platão, partindo da análise dos escritos daquele, publicados e póstumos, à luz de posicionamentos de intérpretes que conferem ênfase a esse registro embativo como chave para uma compreensão mais completa da filosofia nietzschiana. A pertinência desta pesquisa reside no fato de que as tensões recorrentes nos escritos de Nietzsche com Platão, com Sócrates enquanto personagem principal dos Diálogos e com os sistemas que Nietzsche denomina “platonismo” e “socratismo” servem de mote e elemento de concretização de seu pensamento, seja em âmbito crítico, seja propositivamente. O principal alvo desses antagonismos é uma concepção de ciência e de filosofia gerada na antiguidade com o exsurgimento do logos que culminou na hegemonia do caráter normativo da razão, tanto universal quanto instrumental. Por isso, é particularmente importante entender em que medida a relação de Nietzsche com Sócrates e Platão oscila entre o fascínio e a negação desdenhosa, à partir de uma crítica genealógica às figuras pessoais dos dois atenienses na forma de uma reconstrução provocativa das condições culturais e individuais a partir das quais seus pensamentos irradiaram. Para tanto, pretende-se analisar: (i) a distinção entre Platão e Platonismo ao longo do pensamento de Nietzsche, especialmente em Além do bem e do mal, Humano demasiado humano I, Fragmentos póstumos da metade dos anos 1880, e preleções sobre Platão ofertadas no período da Basileia e relação dessa distinção com a antimetafísica de Nietzsche; (ii) a forma como Nietzsche lidou com a chamada “questão socrática” e a recepção dos diálogos platônicos pela tradição, além da associação de Sócrates com a dissolução do pensamento trágico, este último aspecto mormente mediante a análise do Nascimento da tragédia e da Filosofia na era trágica dos gregos; e, por fim, (iii) os aspectos em que Nietzsche conecta-se a um modelo dialético e literário-filosófico tipicamente platônico. |