Nietzsche, Zaratustra e a solidão espumante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Weyne, Carolina Andréa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=27331
Resumo: Esta dissertação mostra a presença e importância da solidão, tanto na vida do filósofo Friederich Nietzsche, quanto no percurso do personagem central de sua obra <em>Assim Falou Zaratustra</em>. As experiências que Nietzsche viveu em sociedade, nos tempos de estudante e de professor, bem como sua amizade com o músico Richard Wagner, levaram-no a isolar-se e a descobrir na solidão uma força regeneradora que o levou a decidir-se pela dedicação exclusiva à filosofia. A obra de Nietzsche <em>Assim Falou Zaratustra</em> conta a saga de um profeta que tem uma postura pedagógica análoga à de seu autor. Fortificado pela solidão, que é o lugar onde as forças positivas são geradas, Zaratustra defende a possibilidade da existência de um homem pleno. A construção de uma vida mais satisfatória requer a destruição de antigos valores que desagradam a existência humana. A pedagogia que Zaratustra matura na solidão para depois levar aos homens, engloba os conceitos nietzscheanos: <em>Transmutação, Super-homem, Vontade de Potência</em> e <em>Eterno Retorno</em>. Constantemente, Nietzsche e Zaratustra terão que recolher à solidão para fazer a análise dos acontecimentos em que estão envolvidos. Na solidão, ocorrerá a reaquisição de forças e a reestruturação das ações a serem tomadas. Sendo esta solidão um estado efervescente de análise e posicionamento, ela é considerada solidão espumante.