Objetivos do milênio (ODM) no Estado do Pará: houve avanços, retrocessos e estagnações?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: CARDOSO, Andreza Soares lattes
Orientador(a): SANTOS JÚNIOR, Roberto Araújo de Oliveira lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15855
Resumo: O ponto de partida, principal e fundamental, para deixar-se levar pelas reflexões desta tese de doutorado, é querer compreender a origem das discussões ambientais e como as ferramentas multidisciplinares deixadas por elas, refletiram nas diversas esferas sociais, econômicas e ambientais. E mais além, aprender com as lições deixadas após quinze anos do lançamento de uma agenda global, os Objetivos do Milênio, para uma realidade local. O problema da pesquisa é pautado no Estado do Pará, o qual o modelo de desenvolvimento econômico historicamente dominante no estado não conseguiu retirar uma parte significativa da população da pobreza. Portanto, os desafios do Pará vão muito além da conservação da floresta. O objetivo geral é realizar uma análise de cunho interdisciplinar do Estado do Pará, para o período de 1990 a 2015, com base nos Objetivos do Milênio (ODM) e compreender as influências e forças atuantes no Estado para o alcance ou não das metas de sustentabilidade propostas. Para avaliar os ODM no Pará, analisou-se 7 objetivos com 17 indicadores. Os resultados aqui apresentados mostram que persistem na região pobreza e problemas graves de saúde como malária e tuberculose. As mulheres têm pouca participação na política e são desfavorecidas no mercado de trabalho. Os óbitos maternos permanecem altos e o acesso da população ao saneamento básico é insuficiente. Por outro lado, o acesso à educação aumentou, as mulheres têm igualdade na educação e a mortalidade infantil caiu, o número de áreas protegidas na região aumentou significativamente, o desmatamento vem caindo ao longo dos anos, porém continua elevado. Sobre a compreensão dos fatores e forças atuantes que influenciaram no alcance dos ODM para o estado, os resultados corroboram as literaturas citadas. Reconhece-se que os problemas, de uma forma ou de outra, são transversais, incluem componentes técnicas, sociais, econômicas e políticas e nenhuma delas é separável das demais. Apesar dos avanços importantes na maioria dos objetivos, é necessário compreender que o momento histórico em questões socioambientais e as formas como são compreendidas e aplicadas as ferramentas de mensuração de sustentabilidade influenciam diretamente o cenário estadual. Conclui-se que agenda global apresentada neste trabalho introduz a necessidade de uma correlação entre mecanismos de planejamento, gestão e governança. No entanto, o esforço depreendido pelos segmentos sociais envolvidos foi bem-sucedido, mesmo com todas as limitações.