Novas ferramentas terapêuticas contra a convulsão e o comportamento tipo depressivo: ensaios pré-clínicos com açaí clarificado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: MONTEIRO, José Rogério Souza lattes
Orientador(a): CRESPO LÓPEZ, Maria Elena lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7985
Resumo: O açaí (Euterpe Oleracea Mart.) é uma palmeira típica do norte do Brasil, rica em compostos fenólicos e antocianinas, substâncias com elevada atividade antioxidante, anti-inflamatória e de comprovados efeitos benéficos à saúde. O estresse oxidativo e a inflamação estão envolvidos na geração e propagação de crises convulsivas, principal característica clínica da epilepsia, e na patogenia da depressão. Neste trabalho investigamos o potencial efeito neuroprotetor, anticonvulsivante e antidepressivo de amostras comerciais de açaí clarificado (AC). Apenas 4 doses de AC foram suficientes para aumentar as latências para crises convulsivas mioclônicas e tônico-clônicas e para diminuir a duração total das crises tônicoclônicas induzidas pelo Pentilenotetrazol (PTZ). Alterações eletrocorticográficas induzidas pelo PTZ foram prevenidas de forma significativa pelo AC. Já no modelo de comportamento tipo depressivo induzido pelo lipopolissacarídeo (LPS), o AC reduziu o tempo de imobilidade e aumentou significativamente o consumo de sacarose dos animais, indicando que o AC possui atividade preventiva sobre o aparecimento de comportamentos que são característicos da depressão clínica. Tanto no modelo de PTZ quanto de LPS o AC exibiu potente atividade preventiva em relação ao estresse oxidativo. O AC preveniu a peroxidação lipídica e a elevação dos níveis de nitritos no córtex cerebral, hipocampo, estriado e córtex pré-frontal. Estes resultados demonstram pela primeira vez que o açaí é uma fruta que exerce potente atividade protetora frente ao desenvolvimento de crises convulsivas, do comportamento tipo depressivo e do estresse oxidativo, o que representa uma proteção adicional para indivíduos que consomem essa fruta.