Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
RODRIGUES, Ágila Flaviana Alves Chaves
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Orientador(a): |
TRINDADE JÚNIOR, Saint-Clair Cordeiro da
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido
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Departamento: |
Núcleo de Altos Estudos Amazônicos
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10294
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Resumo: |
Tendo por base as teorias da produção social do espaço de Henri Lefêbvre e do espaço enquanto instância social de Milton Santos, este trabalho estabelece reflexões acerca da produção do espaço turístico em Belém, capital do estado do Pará, em especial sobre a Área de Proteção Ambiental da Ilha do Combu (APA Combu), localizada na parte sul da cidade. Ambiente dotado de diversidade biológica e cultural importante para a qualidade de vida e bem-estar dos grupos que nele habitam, que atualmente vem passando por processos burocráticos longos e esguios de modo a dificultar a sustentabilidade de uso dos recursos naturais. O objetivo principal é analisar as percepções, tensões e conflitos relacionados à prática do turismo por parte dos distintos atores sociais que utilizam essa fração do espaço (órgão gestor, empresários, sociedade civil organizada, visitantes locais e externos, antigos e novos moradores), considerando a diversidade urbana e regional em que a APA está inserida. Para a realização do estudo lançou-se mão dos seguintes procedimentos metodológicos: a) revisão bibliográfica teórico-conceitual de temas, teorias, conceitos e noções pertinentes; b) revisão bibliográfica de caráter histórico-geográfico e levantamento de dados secundários sobre a parte sul continental e região insular de Belém, como também a respeito das políticas públicas pertinentes à questão ambiental e turística; c) levantamento fotográfico da ilha do Combu e entorno com observação sistemática em campo sobre a interação cidade-rio-várzea-floresta; d) realização de entrevistas individuais gravadas com questões semiestruturadas com técnicos, planejadores e representantes do poder público, ligados às políticas de planejamento e de gestão ambiental e turística da ilha do Combu; com representantes do mercado turístico que atuam diretamente na ilha; com antigos moradores que possuem liderança política e comunitária no local; com novos e antigos moradores que possuem atividades comerciais na ilha; e) análise e sistematização dos dados coletados à luz do referencial teórico previamente definido e revisado. Os resultados nos mostraram que a forma de conceber o espaço vem transformando a vida dos moradores do Combu, influenciados pela presença de agentes exógenos, que possuem interesses distintos quanto ao uso do espaço para fins de lazer e turismo. A presença dos novos atores repercute principalmente em ações promocionais e intervenções realizadas pelo Estado, fazendo da ilha um local propício para a busca por novas aspirações econômicas, em que a implantação de estabelecimentos comerciais e das atividades de lazer, inspirados pelo crescimento do turismo no local, passa a ocupar um dos centro de disputas espaciais. Desse modo, entende-se que um turismo de base local, que vá para além da representação do discurso sustentável, deve ser fortalecido, de modo que as populações estabelecidas mantenham o controle sobre os processos que lhe são impostos, prevalecendo o direito à diferença e a coletividade, tão presentes na dimensão das vivências ribeirinhas. |