Sociodrama como prática integrativa na ação de cuidadores de idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Alves, Rosangela Augusta da Silva Vasconcelos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/88549
Resumo: Introdução A Saúde Coletiva confronta-se com o envelhecimento acelerado da população mundial, o que suscitou, deste campo de conhecimento, respostas criativas e adequadas para atender a esta realidade. No Brasil, observam-se avanços na elaboração e execução de políticas públicas e programas de atenção ao idoso. Em contrapartida, existem desafios no que se refere à necessidade crescente de cuidadores de idosos. A utilização do sociodrama pode contribui na construção coletiva da consciência e desenvolvimento do papel profissional com vista à promoção do cuidado humanizado e do autocuidado. Objetivos 1) conhecer a autopercepção dos cuidadores sobre ser cuidador de idosos no contexto de instituições de longa permanência; 2) avaliar a autopercepção dos cuidadores de idosos sobre seu papel profissional, após a utilização de sociodramas tematizados. Metodologia Estudo de natureza qualitativa, realizado em uma instituição de longa permanência, em Fortaleza ? CE. Participaram do estudo seis cuidadores, de ambos os sexos, com escolaridade até o nível médio, atuando alternadamente conforme escala institucional. Para coleta de dados utilizou-se na primeira fase: questionário de identificação sócio-demográfica e entrevista semiestruturada contendo seis perguntas sobre a percepção do cuidador referente ao seu papel profissional, fundamentadas teoricamente pela Teoria dos Papéis; na segunda fase: realizaram-se seis sociodramas com etapas de aquecimento, dramatização e compartilhar, fundamentados na teoria da Sociatria. O tratamento dos dados baseou-se na Análise de Conteúdo de Bardin (2008). Resultados Na Fase 1, todos os cuidadores tiveram dificuldade inicial de interagir, superou-se com utilização de atividades lúdicas focalizando a confiança para fortalecimento dos vínculos. Os sentimentos relacionados aos idosos e ao trabalho permeiam o cuidar com amor, como se fosse cuidar de algum familiar, enquanto o cuidar de si torna-se secundário. O fortalecimento do potencial individual e grupal favoreceu a integração da primeira fase com a segunda, dada a capacidade do sociodrama de intervir na dinâmica dos papéis. A aprendizagem pessoal surgiu como resultado do ?dar e receber? na ação de cuidar. Na Fase 2, o despertar do potencial criativo catalisou a afetividade grupal, a ética do papel profissional e a vontade de solucionar conflitos com união, força e coragem. Os cuidadores relataram que após os sociodramas houve influência na autoestima, consciência do autocuidado e fortalecimento do grupo. A consciência do papel pôde ser desvelada pelo surgimento de novas necessidades no grupo: valorização pessoal, melhores condições de trabalho e reconhecimento institucional. Conclusão A autopercepção do papel profissional expandiu, visto que os sociodramas se mostraram capazes de ampliar a percepção do cuidar de si, proporcionaram ferramentas que estimularam o autoconhecimento, a criatividade, a integração grupal e a corresponsabilidade no papel de multiplicador desta experiência. Desse modo, o sociodrama surgiu como prática integrativa viável para o cuidado com o cuidador e formação profissional humanizada na Promoção da Saúde dos cuidadores de idosos.