Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Santos, Rita de Cássia Andrade Neiva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/100765
|
Resumo: |
No Brasil, índices crescentes de gravidez, entre adolescentes de 10 a 16 anos de idade, constitui-se em demanda expressiva para Políticas Públicas no Brasil, em mobilizar ações de proteção e promoção de saúde do adolescente. Estudo qualitativo com perspectivas teóricas que emolduraram a abordagem nesta problemática foi narrativista autobiográfica de Fritz Schütze e de Jerome Bruner. O primeiro expoente defende que realidade social consiste fundamentalmente de processos em constante modificação, valorizando o modo de sua produção; o segundo fundamenta a natureza narrativa da experiência humana, amparando que narrar a própria vida é processo de narrar a si mesmo, pela textualização é que conhecemos a vida de alguém. O estudo objetivou compreender a trajetória da adolescente em sua primeira gravidez. Entrevistou-se 30 adolescentes entre 12 e 16 anos de vida, pela técnica de entrevista narrativa autobiográfica de schütze, durante a primeira revisão de parto, em maternidade de Fortaleza, entre março e agosto de 2013. A análise seguiu a fundamentação de análise narrativa de Fritz Schütze, cuja aplicação é multidisciplinar e muito utilizada em estudos de problemas juvenis. Esta análise abstraiu peculiaridades de trajetórias de adolescentes em sua primeira gravidez, e demonstrou o sentido que a adolescente atribuiu às experiências da sua primeira gravidez. Emergiram quatro núcleos narrativos temáticos como a seguir: "Fui ficando, fui deixando e aconteceu a gravidez"; "A gravidez não é um paraíso: conflitos e dilemas"; "Mudanças com a gravidez"; "E agora: realidades e perspectivas". Em seguida foram extraídas temáticas, subtemáticas e elementos de análise, fortalecendo o surgimento do modelo processual. O primeiro núcleo temático demonstrou as razões desta gravidez com as temáticas da "sexualidade", "planejamento e prevenção da gravidez", "desconhecimento do engravidar"; O segundo núcleo demonstrou as experiências com surgimento das temáticas de "arrependimento", "reconhecimento aos pais", "preconceito", abandono", do terceiro núcleo temático emergiram às "mudanças relacionadas consigo mesmo", "com a família", o "companheiro", "amigos", "escola" e "lazer", do quarto núcleo temático surgiram as temáticas das "realidades e perspectivas". Da temática das "realidades" emergiram as subtemátcas de "abandono ao estudo", o "cuidar do filho", "necessidade de trabalho" e "vulnerabilidade social" destas adolescentes. Na temática das "perspectivas" abstraímos as subtemáticas "não quero que meu filho sofra como sofri", "incerteza do futuro", "perspectivas de futuro para o filho". Diante de toda análise e discussão podemos compreender que a primeira gravidez da adolescente foi percebida como experiência imatura com impacto social de relevância. Concluímos que é de elevada importância ações de promoção de saúde nas adolescentes com participação da família, escola e dos serviços de saúde, no acompanhamento destas jovens promovendo sua segurança para fortalecimento da sexualidade e a reprodução humana nesta fase do adolescer. |