Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Santana, Renata Pinheiro de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/100303
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Resumo: |
Considerada como doença crônica pela OMS, a dependência química apresenta diversas possibilidades de tratamento. Porém, como um doente crônico, o tratamento para o dependente deve buscar, antes de tudo, conhecer a trajetória que o levou até o exato momento. Pois quando tratamos de dependentes químicos, cada caso é diferente, cada história segue um percurso único, mesmo que diante do mesmo contexto social e da mesma droga. O objetivo do estudo foi analisar através das narrativas dos dependentes químicos a terapêutica utilizada no tratamento. A pesquisa trata-se de um estudo qualitativo, no qual se buscou a reconstrução da vivência dos dependentes químicos a partir da elaboração da narrativa. A pesquisa foi realizada em uma casa terapêutica para recuperação de dependentes químicos, situada na cidade de Crato-Ce. Participaram da pesquisa 14 sujeitos do sexo masculino, maiores de 18 anos. A coleta ocorreu no período de abril a julho do ano de 2013 e foi realizada através de entrevista contendo questões provocadoras; as entrevistas foram feitas de forma individual em ambiente reservado e com gravação de voz. A análise dos dados deu-se a partir da construção da narrativa da experiência e vivência da enfermidade, as quais foram organizadas de acordo com as sequências das perguntas, subsidiadas por conceitos expostos no referencial teórico, e, após leituras exaustivas, surgiram temas que se destacaram: a inserção no mundo das drogas; o contexto familiar do dependente químico; a busca pelo tratamento; o apoio social e a religião como forma de enfrentamento. Dos sujeitos entrevistados, a maioria estava em sua primeira internação, e haviam ingressado no mundo das drogas por influência do meio (família e amizades) e por curiosidade; foi possível perceber que a maioria vinha de um ambiente familiar desajustado e, embora esse ambiente houvesse influenciado o uso de drogas, era também a busca da reconstituição da família que fez a maioria buscar por um tratamento. O apoio social encontrado na comunidade terapêutica (CT) e a religiosidade se mostraram como a principal forma de enfrentamento a dependência química. Com esse estudo foi possível entender que, para compreender o sujeito por trás da droga, é necessário escutar, pois só assim é possível vê-lo em sua integralidade. |