Caracterização do funcionamento das comunidades terapêuticas: os avanços e entraves do tratamento da dependência química

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Batista, Sonis Henrique Rezende
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências da Saúde
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/3021
Resumo: O presente estudo tem por objetivo caracterizar o funcionamento das comunidades terapêuticas situadas na Região Metropolitana de Goiânia-GO e na cidade de Anápolis-GO. Trata-se de um estudo transversal descritivo com abordagem quantitativa utilizando-se de um questionário semiestruturado. Foram pesquisadas 43 comunidades terapêuticas localizadas em Goiânia, região metropolitana e Anápolis, utilizando-se um roteiro semiestruturado. Os resultados foram obtidos por meio de estatística descritiva. Os resultados mostram que 41,9% das comunidades tiveram o início de seu funcionamento entre 2001 e 2010. Estão habitualmente afastadas da zona urbana, com documentações em ordem, atividades rotineiras, focadas na religiosidade-espiritualidade. O tempo de permanência do acolhimento é de nove meses em 67,4%. A principal fonte de recursos é a doação em 58,1%. A triagem (fase preliminar do acolhimento) é presente em 88,4%, com 14,0% permitindo uso de cigarro moderadamente. Há uma média de 10,7 trabalhadores por comunidades, com 30,2% possuindo carteira assinada. No período da pesquisa foram detectadas 1.022 pessoas acolhidas de ambos gêneros. Deixar a dependência química foi motivação para ingresso na comunidade por 72,0% das respostas. O encaminhamento para o mercado de trabalho apareceu em 76,7% de forma esporádica. Todas as comunidades utilizam o SUS para atendimento dos acolhidos. Na relação com o CAPS, 48,8% receberam pessoas encaminhadas destes e 67,4% encaminharam para continuidade do tratamento ou acompanhamento. Conclui-se que há um determinado padrão de funcionamento, sendo entidades focadas no acolhimento visando o afastamento da droga, atividades variadas que ocupam o tempo e retomam o indivíduo aos seus cuidados básicos em convivência com seus pares. Atendem uma demanda reprimida. São mal interpretados pelos demais estabelecimentos de saúde. São entidades organizadas e financiadas basicamente por doações, mas que já sinalizam financiamentos públicos e que precisam melhor adequar-se a aspectos multiprofissionais.