Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Matheus Linhares Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/590706
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Resumo: |
A pandemia de COVID-19 impactou o mundo de forma drástica, alterando profundamente os sistemas de saúde e a prestação de serviços médicos em diversos países. No Brasil, o sistema de saúde enfrentou desafios inéditos, com hospitais sobrecarregados e recursos sendo redirecionados para atender à alta demanda de casos de COVID-19. No estado do Ceará, a rede pública de assistência ao câncer de pulmão foi particularmente afetada, sofrendo mudanças significativas na organização e estrutura. Utilizando a teoria de redes complexas, este estudo analisou 5467 registros de AIHs do DATASUS, cobrindo os anos de 2018 a 2023, divididos em três períodos: pré-pandemia (2018-2019), durante a pandemia (2020-2021) e pós-pandemia (2022-2023). Os dados foram modelados como grafos bipartidos, com municípios de residência e hospitais de internação representados como nós e as internações como arestas. A hipótese investigada foi que a sobrecarga hospitalar durante a pandemia levou à priorização de casos de COVID-19, reduzindo os recursos disponíveis para o atendimento oncológico. A análise revelou que a rede de Intercorrências se tornou mais fragmentada, com Sobral perdendo parte de sua autonomia e aumentando sua dependência de Fortaleza, enquanto o Cariri apresentou crescimento, com Barbalha consolidando-se como um polo regional forte. A rede de Tratamento Clínico em Sobral enfraqueceu, centralizando ainda mais os serviços em Fortaleza, enquanto o Cariri mostrou um fortalecimento contínuo. Já a rede de Cirurgias foi profundamente afetada em Sobral, que não conseguiu se recuperar completamente no período pós-pandemia, permanecendo fragmentada e com uma conectividade reduzida. Em contraste, Fortaleza conseguiu manter sua estrutura cirúrgica estável e até se expandir no pós-pandemia, demonstrando a robustez de sua rede hospitalar. O Cariri, por sua vez, destacou-se por sua capacidade de adaptação e crescimento, consolidando Barbalha como um centro cirúrgico relevante que conseguiu absorver a demanda reprimida e se fortalecer durante e após a crise. Esses resultados evidenciam as desigualdades regionais na resposta à pandemia e ressaltam a necessidade de estratégias de descentralização para garantir uma rede de saúde mais equitativa e resiliente, capaz de enfrentar crises futuras. A pesquisa reconhece limitações, como a dependência de dados administrativos e a necessidade de incluir análises de desfechos clínicos para oferecer uma compreensão mais abrangente do impacto da pandemia no atendimento oncológico. Palavras-chave: Redes Complexas. Grafos. Sistema Único de Saúde. Pandemia. COVID19 |