Trombólise em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico agudo: aspectos epidemiológicos e funcionais na admissão e alta hospitalar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Bezerra, Aila Maria da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/97466
Resumo: INTRODUÇÃO O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) é causa de incapacidade e morte de pessoas de todas as raças e etnias. Durante o AVCI observa-se redução do fluxo sanguíneo cerebral, que produz uma zona isquêmica com área adjacente de tecido neuronal disfuncional, chamada penumbra, potencialmente recuperável se administrada a trombólise dentro do tempo de até 4h30min do início do AVCI. Trombólise é a dissolução de um trombo intravascular por meio de medicamento endovenoso, utilizada na fase aguda do AVCI para restaurar o fluxo sanguíneo cerebral. OBJETIVO Avaliar aspectos epidemiológicos, motores e cognitivos de pacientes com AVC agudo, submetidos à trombólise com alteplase® na admissão e alta hospitalar. MÉTODO Observacional, longitudinal, analítico e quantitativo, realizado em Unidade de AVC pública, período janeiro/agosto de 2012. Pacientes trombolisados foram avaliados mediante utilização de escalas neurológias (Glasgow, Mini Mental ? MEEM, Rankin Modificada - ERM e da National Institute of Health Stroke Scale - HIHSS) durante admissão e alta hospitalar. RESULTADOS Nos 38 pacientes a idade variou de 27 a 87 anos; prevaleceram: sexo masculino (60,5%), baixa e média escolaridade (71,1%). Dados clínicos e funcionais: dormência ou fraqueza em hemicorpo (97,4%), dificuldades para andar (97,4%) e falar (92,1%), desvio labial (71,1%), afasia (42,1%). Síndrome da circulação anterior total (39,5%) e acometimento da artéria cerebral média (89,5%). Os que apresentaram afasia tiveram OR=7,8 para óbito. Mortalidade em 24%, destes, 78% tinha 70 anos ou mais. Médias das variáveis de tempo em minutos: janela de tempo (120), porta agulha (75,55), atrasadas em relação aos protocolos validados na literatura, entretanto o tempo porta- imagem (24,45) foi mais rápido se comparado à média do protocolo SITS-MOST. Observaram-se alterações cognitivas (p=0,02) no tempo porta-agulha superior a 90 minutos, associado ao MEEM,. Nas demais variáveis de tempo, não houve associação com as escalas neurológicas. Houve evolução neurológica (NIHSS) significante entre admissão e alta hospitalar (p<0,01), melhora da incapacidade funcional na escala Rankin admissão/alta e após o 90º dia da trombólise (p<0,01). Resultado insignificante no Mini Mental, comparando admissão e alta. O resultado se repetiu na escala de Glasgow. Pacientes foram avaliados pela equipe multidisciplinar: médicos, enfermeiro, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. CONCLUSÃO. A trombólise comprovou ser eficaz em melhorar o nível de gravidade neurológica e reduzir incapacidades funcionais de pacientes com AVC isquêmico agudo. O tempo de até 3h58minutos gasto pelos pacientes para chegarem ao hospital a partir do início dos sintomas do AVCI constituiu critério para realização da trombólise. A avaliação pelas escalas NIHSS, Glasgow, MEEM e ERM mostrou-se relevante para reconhecer os défices, influenciando na escolha do tratamento de reabilitação. A assistência integral precoce dada pela equipe multidisciplinar no tratamento clínico e de reabilitação contribuiu para um prognóstico funcional favorável desses pacientes.