Importa se foi ou não por cota?: o efeito das cotas universitárias na contratação

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Oliveira, Iara Andrade de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Cotas raciais; Racismo; Universidade e inclusão social
• Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/123986

A presente dissertação tem como objetivo principal analisar a relação entre a forma de ingresso na universidade e a decisão de contratação de um candidato para uma vaga de emprego. Para isso, foram propostos dois estudos. O primeiro estudo teve o objetivo de investigar, em uma amostra de universitários, se o fato de ter sido cotista na universidade afeta a probabilidade de contratação de um candidato para uma vaga de emprego se esse efeito é mediado pelo nível de percepção de existência da meritocracia. Para isso, foi realizada uma pesquisa com 291 estudantes de graduação, de uma universidade privada da cidade de Fortaleza ¿ CE, que, alocados em três situações experimentais, responderam sobre a probabilidade de contratação de um candidato, apresentaram uma justificativa escrita dessa resposta e responderam a escala descritiva de crenças na meritocracia. O segundo estudo teve o objetivo investigar, em uma amostra de profissionais que atuam no mercado, se o fato de ter sido cotista na universidade afeta a probabilidade de contratação de um candidato para uma vaga de emprego e se esse efeito é mediado pela a percepção da existência da meritocracia e moderado pelo racismo. Para isso foi realizada uma pesquisa online com 155 participantes da população geral alocados nas mesmas situações experimentais do primeiro estudo. Os participantes responderam perguntas sobre a probabilidade de contratação do candidato, o que imaginavam que um gestor da área responderia sobre essa situação, justificando ambas as situações, e escala descritiva de crenças na meritocracia e escala de racismo moderno. Os resultados indicaram a forma de acesso à universidade não afetou a probabilidade de contratação de um candidato para uma vaga de emprego. Ademais não foi possível perceber relações significativas entre as crenças descritivas na meritocracia e o racismo moderno em relação ao nível de contratação do candidato. Entretanto, as justificativas dos participantes indicam diferentes caminhos para a análise dos resultados, apresentando como relevantes aspectos como meritocracia prescritiva, racismo aversivo, racismo ambivalente e justificação do sistema. Palavras-chave: cotas; racismo; discriminação; preconceito; meritocracia.