Avaliação do nível de conhecimento sobre coronavírus e o impacto na saúde mental dos profissionais da saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Carvalho, Juliana Paula Costa Montenegro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/127953
Resumo: O coronavírus humano, responsável pela síndrome respiratória aguda grave (SRAG-Cov-2) é um RNA vírus que já foi isolado anteriormente. A doença conhecida como Covid-19 foi registrada na China, no final de 2019, e um novo coronavírus foi identificado. Em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou situação de pandemia, e seus casos vêm aumentando em todo o Brasil com números alarmantes. Com isso, o objetivo do estudo é avaliar aspectos psicológicos na saúde mental desses profissionais, bem como níveis de estresse, ansiedade e sintomas de esgotamento. Trata-se de um estudo transversal, de abordagem quantitativa, realizado através da aplicação de um questionário on-line no formato Google forms. Foi conduzido em um serviço de saúde, na cidade de Fortaleza, no estado do Ceará, com grande número de casos de Covid-19, dos mais variados perfis e níveis de atendimento, envolvendo profissionais de saúde de diversos setores e especialidades. As perguntas foram divididas em categorias: identificação, contágios e sintomas, transmissão e diagnóstico, atividade profissional e saúde mental, baseadas na escala de Beck, utilizando, assim, uma escala modificada, a fim de quantificar os principais sintomas relacionados à ansiedade e ao distúrbio do humor. Dos 179 profissionais pesquisados, 44,1% (78) eram médicos, e 36% (66) tinham pelo menos 5 anos de atuação em sua área. A forma de contágio e transmissão do coronavirus foi respondida corretamente por 166 profissionais, mas 69% dos entrevistados não faziam a ordem correta de paramentação. Os sintomas de Covid foram observados em 59,8% (109) dos entrevistados. Cento e dezenove profissionais foram testados, sendo o teste mais prevalente o swab nasal, correspondendo a 31,1% (37) dos testes. O aumento de carga horária e a alta taxa de colegas afastados tiveram impacto direto no aumento dos níveis de estresse desses profissionais. Dos 179 entrevistados, cerca de 95% apresentavam 1 ou mais sintomas de ansiedade. A alta prevalência de alterações de humor fez com que 110 (61%) profissionais apresentassem medo do pior, e 90 (50,2%) deles, sentimento de tristeza. Os profissionais de saúde são um grupo de risco, agravado pelas exigências pessoais e do trabalho que a Covid-19 veio impor por tempo indeterminado, podendo levar a consequências pessoais, organizacionais e financeiras muito graves. É imprescindível que esse grupo de profissionais tenha o máximo de conhecimento possível a respeito do vírus, tanto para detecção precoce dos sintomas, bem como estratégias de diagnóstico e isolamento social. A detecção precoce de níveis sintomáticos de Burnout poderá ser um indicador de potenciais problemas, que permitirá o desenvolvimento de medidas preventivas e de estratégias de coping, com vista à sua prevenção. Para tal, são necessários estudos científicos sobre a sua prevalência e os seus preditores em diferentes populações, bem como a validação de instrumentos adaptados para as populações-alvo, e que permitam melhor medir e comparar resultados, principalmente em um período de pós-pandemia, em que será possível avaliar um possível comprometimento dessa população de Transtorno de Estresse Pós-Traumático e as verdadeiras consequências psicológicas desses profissionais. Palavras-chave: Covid-19. Ansiedade. Saúde. Prevalência. Tratamento.