Acessibilidade das pessoas com deficiência aos serviços públicos odontológicos em Fortaleza-CE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Rocha, Lyana Leal
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/97351
Resumo: Introdução: O Estado do Ceará é, atualmente, o terceiro com o maior índice de pessoas com deficiência no Brasil. Contudo, dados e informações acerca da acessibilidade dessas pessoas aos serviços odontológicos são muito limitados, mesmo diante de políticas públicas que garantem a atenção integral e asseguram o acesso a bens e serviços de saúde. Objetivo: Avaliar a acessibilidade de pessoas com deficiência motora, auditiva e visual aos serviços públicos odontológicos do município de Fortaleza, sob a ótica dos cirurgiões-dentistas da ESF e da pessoa com deficiência. Métodos: Estudo transversal, com abordagem quantitativa e analítica, utilizando-se de questionário estruturado. Tomaram-se como universo da pesquisa 89 cirurgiões-dentistas da ESF e 204 pessoas com deficiência do município de Fortaleza-CE. Os dados foram analisados estatisticamente, por meio do Software SPSS, versão 19.0. Resultados: Verificou-se que 43,1% dos usuários não reconhecem seu atendimento como prioritário na UBASF. 52,5% não costuma procurar o serviço odontológico e dos que buscam o serviço (n=97), 76,3% encontram dificuldade para receber atendimento odontológico e 84,5% o fazem em caráter de urgência. Quanto à organização dos serviços odontológicos, verificou-se 45% dos usuários desconhecem os serviços ofertados na unidade. 56,2% CD relataram dificuldade de comunicação com Surdos e 97,8% relataram a falta de Intérpretes nas UBASF. Entretanto, as pessoas com deficiência avaliaram as dimensões de acessibilidade com melhores resultados do que os CD (p=0,001). Cerca de 1/3 dos usuários e 43,8% dos CD relataram estrutura física inadequada ao acesso destas pessoas, por grande percentual disporem de portas, corredores, salas de espera e consultórios inacessíveis. Cerca de 60% dos CD apontaram como barreiras geográficas locais sem segurança e dificuldade com transporte, não percebidas como tal pela maioria dos usuários. Conclusão: Reconhece-se a ampliação do acesso aos serviços odontológicos em Fortaleza, todavia as condições de acessibilidade das UBASF e em seu entorno não favorecem o acesso de pessoas com deficiência à atenção à saúde bucal, devido às resistências proporcionadas pelas características geográficas, arquitetônicas, organizacionais, culturais e de comunicação, restringindo a procura e utilização desses serviços por este segmento social.