Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cavalcante, Ana Nery Melo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/118060
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Resumo: |
A sífilis congênita representa um importante problema de saúde pública, podendo causar, em mães não tratadas, desfechos desfavoráveis em 40% dos casos, como aborto, óbito fetal e neonatal. O tratamento padrão é a penicilina. A partir de 2014, ocorreu um desabastecimento dessa medicação, sendo indicado o uso da ceftriaxona. Todas as crianças expostas ou diagnosticadas por essa doença devem ser seguidas com consultas e realização do exame Veneral Desease Research Laboratory (VDRL) periódicos. Esse estudo objetivou avaliar o seguimento das crianças com SC e a resposta clínica e laboratorial das que foram tratadas com ceftriaxona no período de desabastecimento do tratamento padrão (penicilina), no município de Fortaleza, Ceará. Estudo de coorte não concorrente, que analisou os grupos de tratamento e de seguimento que foram notificados no período de setembro 2013 a setembro de 2016. A coleta das informações foi iniciada em três maternidades secundárias através das fichas de notificação, dos prontuários hospitalares e de seguimento das crianças. Em seguida, informações sobre seguimento foram pesquisadas nos prontuários da atenção primária. No estudo sobre o seguimento, a coorte foi formada por variáveis maternas e das crianças e os grupos de seguimento até a cura. Na pesquisa sobre o tratamento da ceftriaxona, foi formado o grupo 1 (tratamento com ceftriaxona) e o grupo 2 (tratamento com penicilina). Os dados foram analisados através do programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 23. Em relação ao seguimento, foi observado que a maioria das crianças (86,4%) compareceram à unidade primária, mas não havia registro de sífilis congênita em 71,1% dos prontuários e não foram encontradas informações acerca da solicitação do VDRL em 79,5% dos prontuários. O seguimento até a cura foi realizado em apenas 18,1% das crianças. Os fatores que apresentaram associação significativa com o não seguimento das crianças foram: estado civil das genitoras, número de consultas no pré-natal, número de gestações, hemograma e radiografia de ossos longos. No estudo sobre o tratamento alternativo com a ceftriaxona, foi observado que das 56 crianças selecionadas, 80% dos dois grupos obtiveram a cura (dois VDRL seguidos não reagentes) aos 3 meses. Aos 12 meses todas as crianças foram consideradas curadas. Não ocorreu diferença significativa na evolução até a cura das crianças que foram tratadas com os dois tipos de tratamento. As crianças expostas ou diagnosticadas com sífilis congênita na sua maioria comparecem à atenção primária. Entretanto, esse nível da atenção não segue as recomendações do Ministério da Saúde para o seguimento adequado. A eficácia da ceftriaxona mostrou-se semelhante em relação à penicilina no tratamento da sífilis congênita. |