Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Queiroz, Cristiane Holanda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/107157
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Resumo: |
O principal objetivo deste trabalho é pensar a respeito das transformações na sexualidade em nossos dias a partir da difusão de discursos médico-biológicos sobre a saúde. Para isto, tomamos como referência as pesquisas do filósofo francês Michel Foucault em A vontade de saber, o primeiro volume de sua história da sexualidade. Em consonância com Foucault, portanto, ao considerarmos a sexualidade como um dispositivo de poder e saber que se organizou na modernidade, forjando o que conhecemos como identidades sexuais, chamamos a atenção para seu caráter histórico, justificando, assim, a possibilidade de falarmos em possíveis mudanças. O processo de mutação que enfocamos em nossos questionamentos diz respeito a um deslocamento da sexualidade como fundamento da compreensão que temos a respeito de nós mesmos para novas formas de investimentos nos corpos e nos prazeres através de preocupações com uma vida saudável. Deste modo, a sexualidade começa a ser posicionada, juntamente com a alimentação, a prática de exercícios físicos etc., como mais um caminho viável para a obtenção da saúde. A fim de buscarmos confrontações a esses processos de normalização recorremos à psicanálise, tendo em vista sua inegável relevância cultural e capacidade de colocar-se criticamente. Ainda que criada no contexto do dispositivo de sexualidade, compreendemos que a teoria de Sigmund Freud não pode ser reduzida a uma ciência sexual, que tem como característica mais relevante a determinação de comportamentos patológicos. Consequentemente, a condição questionadora da psicanálise nos serviu para discutirmos o modo como estamos tratando da sexualidade atualmente, haja vista a prevalência do cuidado com o corpo como um aspecto central daquilo que somos. Seguimos, então, por três caminhos: verificamos quais os atuais investimentos do poder na sexualidade, identificamos as novas experiências subjetivas que estão sendo construídas e investigamos formas de oposição à normalização por meio da psicanálise. Por fim, comentamos sobre nosso posicionamento relativo às transformações contemporâneas na sexualidade como reconfigurações nas relações de poder e na produção das subjetividades, sem afirmarmos, assim, uma superação do dispositivo de sexualidade. Palavras-chave: dispositivo de sexualidade, corpo, saúde, subjetividade, psicanálise. |