Educação sexual de crianças e adolescentes em abrigos: o lugar do educador

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Firmino, Flávio Henrique [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150152
Resumo: O acolhimento institucional é uma das medidas de proteção previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente, descrita como uma medida provisória e excepcional, aplicável quando os direitos reconhecidos pelo Estatuto são violados por negligência ou abuso dos pais ou responsáveis. Nestes casos, a criança ou adolescente podem ser encaminhados para uma instituição que oferece o acolhimento, que aqui denominaremos de abrigo. Nessas instituições, a criança ou adolescente ficam sob os cuidados de profissionais, aqui chamados de educadores, que mantêm contato direto e contínuo com as crianças e adolescentes abrigados. Nesse contato é inevitável o encontro entre os educadores e a sexualidade das crianças e adolescentes, que é inerente a esses sujeitos. Nesse encontro, às manifestações sexuais dos abrigados podem ser atribuídas diferentes significações pelos educadores, a depender da sua própria educação sexual e de suas representações inconscientes sobre a sexualidade, que serão transmitidas às crianças e adolescentes. Tendo isso em vista, essa pesquisa tem o objetivo de investigar o lugar que o educador ocupa em relação à sexualidade e à educação sexual de crianças e adolescentes abrigados. O projeto de pesquisa foi enviado para um Comitê de Ética em Pesquisa e foi por ele aprovado. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com questões abertas e projetivas, as quais foram audiogravadas. O material foi analisado por duas técnicas psicanalíticas de interpretação de dados: a leitura dirigida pela escuta e a transferência instrumentalizada. A partir dessas técnicas, foi redigido um ensaio individual para cada entrevista e uma síntese que buscou articular os dados das quatro entrevistas. Os resultados apontam que os educadores ocupam um lugar em relação à sexualidade das crianças e adolescentes que é multifacetado, no qual há, por um lado, a reprodução de preconceitos, mas em que é possível reconhecer também potencialidades para um acolhimento mais efetivo.