Impacto do Protocolo Unificado de Manejo do AVC em uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Sistema Único de Saúde na realização de trombólises

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cunha, Thaís Saraiva Leão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/126662
Resumo: Introdução: Tempo é um fator crucial para o tratamento do Acidente Vascular Cerebral (AVC). Na trajetória do paciente, desde a instalação dos sintomas até a chegada ao hospital de referência, o atraso no ambiente pré-hospitalar é o principal responsável pelas baixas taxas de terapias de reperfusão. No Brasil, além do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), a rede de emergência pré-hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS) conta com as Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) 24 horas. A procura por estas unidades como local de primeiro atendimento constitui uma etapa adicional na trajetória do paciente com suspeita de AVC agudo, que poderia chegar ao centro especializado diretamente através do SAMU ou utilizando meios próprios. Objetivo: Avaliar o impacto do Protocolo Unificado do Manejo do AVC (PUMA), implementado em uma UPA, no número de pacientes submetidos à trombólise; documentar os atrasos de cada etapa da trajetória do pré-hospitalar e analisar a performance das escalas LAPSS e FAST-ED, utilizadas no protocolo, para reconhecer os pacientes com AVC e predizer a oclusão de grandes vasos, respectivamente. Método: Desenhamos uma coorte retrospectiva, com design antes e após a implementação do PUMA, entre janeiro de 2016 a setembro de 2019, envolvendo 252 pacientes com suspeita de AVC em janela terapêutica que foram admitidos na UPA. O protocolo contempla estratégias como o uso de escalas de triagem de AVC, alteração do fluxo de atendimento do paciente com suspeita e a pré-notificação do serviço de referência. Resultado: Evidenciamos um aumento absoluto de trombólises de 437% após a implementação do Protocolo. O tempo total de pré-hospitalar reduziu de 203 minutos antes do protocolo para 143 minutos após o protocolo (p = 0,019). A etapa responsável pela maior parcela do atraso na trajetória foi o tempo de espera pela ambulância do SAMU na UPA até a chegada ao hospital, embora tenha havido redução de 116 para 76 minutos (p < 0,001) após o PUMA. A acurácia da escala LAPSS foi 84% para o diagnóstico de AVC, reduzindo o número de pacientes contra-referenciados para a UPA. A predição de oclusão de grandes vasos foi maior nos pacientes com FAST-ED ¿ 4 (p < 0,05), com sensibilidade de 89,9% na nossa amostra. Conclusão: Nossos resultados evidenciam o que PUMA é uma estratégia efetiva para aumentar o número de trombólises dos pacientes que procuram a UPA como local de primeiro atendimento com suspeita de AVC. A escalas LAPSS e FAST-ED se mostraram ferramentas úteis para a triagem de AVC, otimização dos recursos utilizados, facilitando ainda a padronização da comunicação da rede de emergência. Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral (AVC). Assistência Pré-hospitalar. Terapia trombolítica.