Aspectos que dificultam o tratamento do parceiro sexual de gestantes com sífilis em Fortaleza, Ceará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Rocha, Ana Fátima Braga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/101708
Resumo: O baixo percentual de parceiros sexuais de gestantes com sífilis tratados representa atualmente o principal entrave para o controle da sífilis congênita. Este estudo objetivou avaliar a realização das recomendações para o manejo do parceiro sexual da gestante com sífilis na atenção primária à saúde de Fortaleza, Ceará, e analisar os aspectos que dificultam o tratamento do parceiro. Trata-se de uma pesquisa avaliativa de abordagem qualitativa que utilizou o modelo lógico. Foi realizada em seis unidades de atenção primária à saúde de Fortaleza, Ceará, pois selecionou-se a unidade que mais notificou casos de sífilis em gestantes no ano de 2013 de cada Secretaria Regional. A coleta ocorreu entre os meses de fevereiro e outubro de 2014 por meio da observação não participante da unidade e de consultas pré-natal e entrevistas semiestruturadas com médicos e enfermeiros da ESF, diretores das unidades, mulheres notificadas com sífilis em 2013 e parceiros sexuais. A análise dos dados seguiu a lógica da análise temática e como recurso ilustrativo na apresentação dos resultados, utilizou-se de árvore de associação de ideias. Observou-se que as unidades de atenção primária do município ainda não estão preparadas para receber essa população diferenciada que é o homem, sendo necessárias melhorias relacionadas ao acesso, acolhimento, agilidade no atendimento, sigilo e privacidade, principalmente por tratar-se de uma DST, como é o caso do parceiro sexual. Questões institucionais e de gênero estiveram associadas ao não comparecimento do mesmo ao serviço de saúde, e estratégias que facilitem a compreensão e empoderem a gestante precisam ser trabalhadas durante o aconselhamento para que a mesma consiga argumentar junto a ele a importância de comparecer ao serviço e tratar-se. Verificou-se que não há uma estratégia ideal de convocação e acredita-se que o melhor modelo é aquele que considera as subjetividades trazidas pelos sujeitos. Para os profissionais, a presença do parceiro nas consultas pré-natais parece ser uma estratégia que facilita a convocação, a vinda do mesmo à unidade e a realização do tratamento. Este estudo possibilitou ouvir dos próprios parceiros sexuais suas opiniões sobre as ações que lhe são direcionadas e os achados poderão ser utilizados como referência para melhoria na assistência.