Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Paula Pessoa de Brito |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/125361
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Resumo: |
Introdução: essa pesquisa abrange o conhecimento sobre o comportamento de risco para lesões no sistema musculoesquelético em virtude do uso excessivo do smartphone pelos adolescentes de ensino médio de escolas de tempo integral. Objetivo: avaliar a relação entre as alterações posturais e álgicas da região cervical com o uso de smartphone em adolescentes. Métodos: trata-se de um estudo transversal e analítico, desenvolvido entre setembro e outubro de 2019, realizado em Escolas Estaduais de Educação Profissional (EEEPs) de ensino médio, distribuídas nas seis Secretarias Executivas Regionais da cidade de Fortaleza-Ce, compondo uma amostra probabilística. Participaram 286 adolescentes (15-19 anos), frequentando da 1ª a 3ª série do ensino médio e que possuíssem smartphone. Estes foram submetidos a coleta em duas etapas: na primeira foram aplicados cinco questionários: 1) Questionário sociodemográfico, condições de saúde e uso do smartphone 2) Questionário Internacional de Atividade Física versão curta, 3) Smartphone Addiction Inventory (SPAI-BR), 4) Questionário Nórdico de Sintomas Musculoesqueléticos 5) Self-Report Questionnaire (SRQ-20) versão brasileira. Na segunda etapa foram realizadas a avaliação antropométrica (peso e altura) e postural (fotogrametria). Na fotogrametria foram analisados os alinhamentos posturais na visão anterior (alinhamento horizontal da cabeça ¿ AHC e alinhamento horizontal do acrômio ¿ AHA) e lateral (alinhamento horizontal da cabeça ¿ AHC e alinhamento vertical da cabeça ¿ AVC) durante o uso do smartphone em comparação a posição anatômica. Resultados: Houve maior percentual de adolescentes do sexo masculino (n=153; 53,5%), idade de 16 anos (n=90; 31,5%), classe social D (n=150; 52,4%). Dentre as razões para o uso do smartphone pelos adolescentes, destacam-se acessar as redes sociais, assistir filmes e jogar, bem como usar WhatsApp para fins de comunicação, com um tempo de uso de 5,8 ± 3,5 horas na semana e de 8,8 ± 5,0 no final de semana. A dependência do smartphone apresentou prevalência de 62,6%, e mostrou associação com menor idade (OR=0,59; p=0,001), menos horas de sono (OR=0,71; p=0,013), mais tempo de uso no final de semana (OR=1,09; p=0,021), queixa de dor cervical (OR=2,25; p=0,009) e suspeita de transtorno mental comum (OR=1,20; p=0,000). Ao analisar o alinhamento postural na visão anterior, observou-se redução significativa da inclinação lateral de cabeça (AHC) ao digitar no smartphone (p=0,002) comparado a posição anatômica (baseline). Na visão lateral foi constatado aumento da anteriorização de cabeça pelos AHC (p=0,000 lados D e E) e AVC (p=0,000 lados D e E) na posição digitando no smartphone em comparação a posição anatômica. Houve associação significativa entre a anteriorização de cabeça e a dependência (p<0,05). Conclusão: Evidenciou-se elevada dependência do smartphone nos adolescentes da amostra, relacionada a múltiplos fatores. Foi verificado que ao usar o smartphone, o adolescente apresenta uma alteração postural na região cervical, destacadamente a anteriorização de cabeça. Diante desses achados, alerta-se para a importância de campanhas educativas e de promoção de saúde que orientem os adolescentes, pais, educadores e profissionais de saúde quanto aos riscos do uso excessivo de smartphones à saúde dos adolescentes. Palavras-chave: Adolescentes. Smartphone. Dependência. Postura. Fatores de Risco. |