Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Magalhães, Lorena Karen Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/120427
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Resumo: |
Introdução: O smartphone tornou-se parte integrante do cotidiano das pessoas e tomar ciência dos riscos do uso excessivo passou a ser fundamental. Objetivo: Avaliar a relação entre a dependência do smartphone, dor e alterações posturais na região cervical, bem como os fatores associados. Métodos: Estudo transversal e analítico, realizado em Fortaleza, Ceará, Brasil, entre abril a julho de 2018. Participaram 274 usuários de smartphone, entre 18 a 59 anos e independente do sexo. Utilizaram-se o questionário sociodemográfico e estilo de vida; Neck Disability Index (NDI-BR) e; Mobile Phone Addiction Test (MPAT) para avaliar correlação da dependência com dor e incapacidade cervical. Já para analisar correlação entre dependência e alterações posturais, excluiu-se o NDI-BR e adicionou-se a avaliação postural pelo Software de Avaliação Postural Ortostática (SAPO). Aplicaram-se análises bivariada e multivariada para analisar a associação entre a dependência do smartphone e variáveis de interesse; e testes paramétricos para avaliar as diferenças das alterações posturais com as variáveis de interesse. Utilizou-se o programa SPSS Statistics (versão 23.0), e nível de significância de 5%. Resultados: Maior proporção do sexo feminino (69,0%; n=189), idade ¿ 25 anos (83,6%; n=229), solteiros (88,0%; n=241), brancos (46,4%, n=127), sedentários (54,0%; n=138) e bom estado de saúde (54,0%; n=148). Apresentavam leve incapacidade cervical (47,8%; n=131), ausência de cervicalgia (51,1%; n=140) e nível de dependência leve (47,8%; n=131). Na análise multivariada, foi encontrado associação entre o elevado nível de dependência com a idade (¿ 25 anos) (OR=0,484; p=0,036), estado civil solteiro (OR=0,449; p=0,044) e presença de dor na cervical (OR=2,090; p=0,004). No nível elevado de dependência permanecia-se 4 horas a mais utilizando o smartphone do que aqueles com menor nível (p=0,001) e quem passava mais de 5 horas nesse dispositivo possuía maior anterioridade da cabeça ao digitar no Alinhamento Vertical da Cabeça (AVC) (p=0,011 em AVC_LD; p=0,033 em AVC_LE). Observou-se ainda, maior inclinação da cabeça para a direita ao falar no smartphone (p=0,000) e redução dessa inclinação com elevação do ombro direito (p=0,000). Em relação ao sexo, o feminino apresentou maior inclinação da cabeça para direita no Alinhamento Horizontal da Cabeça (AHC) (p=0,01) e elevação do ombro direito no Alinhamento Horizontal do Acrômio (AHA) (p=0,041) ao falar no smartphone e maior anterioridade dessa em AHC_LD neutro (p=0,021). No sexo masculino, houve maior anterioridade da cabeça ao falar (p=0,045 em AVC_LD e p=0,002 em AVC_LE) e; ao digitar (p=0,001 em AHC_LD, p=0,002 em AHC_LE, p=0,000 em AVC_LD e p=0,000 em AVC_LE) no smartphone. Os praticantes de atividade física apresentavam menor anterioridade da cabeça (p=0,016 em AHC_LD neutro). Quem possuía cervicalgia apresentava anterioridade da cabeça (p=0,034 em AHC_LE digita) e; os dispositivos com peso igual ou inferior a 145 gramas também favoreciam a anterioridade da cabeça (p=0,018 em AVC_LE). Conclusão: A dependência do smartphone está relacionada a dor na região cervical, com o tempo de uso, idade (¿ 25 anos), estado civil solteiro e, com as alterações posturais na região cervical. Diante disso, ações preventivas podem ser direcionadas para esse público visando a redução de algias e disfunções na região cervical. |