Previsão de insolvência a partir de indicadores contábeis da demonstração dos fluxos de caixa: comparação entre o modelo tradicional e o modelo dinâmico de avaliação financeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lopes, Carlos Fábio de Araújo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/117936
Resumo: Enquanto o modelo tradicional de avaliação financeira traz uma comparação estática da situação patrimonial da empresa em um determinado momento ao medir a liquidez a partir da relação entre Ativos Circulantes e Passivos Circulantes, a dinâmica do fluxo de caixa da empresa demostra efetivamente a capacidade de pagamento de uma organização por medir as entradas e saídas de recursos. A análise do fluxo de caixa especifica como os recursos são gerados e consumidos, provocando mudanças nas variáveis do modelo dinâmico, sobretudo na situação de liquidez já que estão diretamente ligados à capacidade da empresa em honrar seus compromissos, através da disponibilidade de recursos. Desta forma o objetivo deste trabalho é apresentar um modelo dinâmico de análise financeira para empresas brasileiras listadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA), baseado em indicadores extraídos da Demonstração dos Fluxos de Caixa a fim de verificar se há maior antecipação da previsão de insolvência, ou a possibilidade de que ela possa ocorrer. As empresas consideradas neste estudo foram aquelas listadas na BM&FBOVESVA consideradas insolventes que entraram com pedido de recuperação judicial durante o ano de 2017, e as empresas saudáveis que fazem parte dos mesmos setores em que se encontram as empresas das categorias não saudáveis. Os dados coletados compreendem os anos de 2013 a 2017 e o procedimento metodológico aplicado baseia-se no método estatístico de Análise Discriminante Linear, no modelo dinâmico de análise econômico-financeira baseado em indicadores da DFC. No ano de ocorrência da insolvência, quando as empresas pediram Recuperação Judicial enquanto o modelo de Kanitz classificou 66,7% das empresas como insolvente o modelo de Altman apontou 91,7% , o modelo dinâmico classificou 75% das empresas como insolvente e 25% de risco de liquidez.. O modelo dinâmico evidenciou de forma clara as oscilações na situação financeira de curto prazo das empresas e os impactos sobre o fluxo de caixa uma vez que evoluíram de forma gradual de uma situação de solvência ou de risco de liquidez à iminência do processo de recuperação judicial. Nos casos estudados nesta pesquisa os resultados demonstram que o modelo dinâmico apresenta maior sensibilidade e uma boa capacidade preditiva sobre a situação de liquidez, tendo detectado, no primeiro período de análise a precária situação financeira de curto prazo das organizações e sua evolução tendendo ao processo de recuperação judicial. Desta forma o modelo dinâmico desenvolvido e aplicado neste estudo respondeu ao problema de pesquisa que foi antever problemas de insolvência ou analisar a possibilidade dela ocorrer utilizando um método que contemple simultaneamente o comportamento e evolução temporal da liquidez para captar a dinâmica empresarial, utilizando indicadores obtidos a partir da DFC em contraposição aos modelos tradicionais de previsão de insolvência.