Identificação de sintomas depressivos em adolescentes: estudo em escola pública de Fortaleza (CE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Gomes, Gabriela da Cunha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/105658
Resumo: A depressão é uma doença incapacitante que atinge crianças e adolescentes e que pode trazer sérios prejuízos ao desenvolvimento, como transtornos de ansiedade e ideação suicida. Os órgãos de saúde brasileiros alertam que a população adolescente geralmente é retratada como uma população saudável, não sendo dispensada a ela a atenção necessária. A partir desta perspectiva, o presente estudo teve como objetivo identificar sintomas depressivos em adolescentes de 14 a 17 anos e sua distribuição por sexo e idade. Também foram identificadas as percepções que os adolescentes têm acerca dos contextos familiar e escolar. Para alcançar tal intento, escolheu-se uma escola pública participante de projeto de promoção da saúde na qual se aplicaram os seguintes instrumentos de pesquisa: Inventário de Depressão Infantil (CDI) em sua versão adaptada e Questionário Sociodemográfico. Concomitante à utilização destes, precedeu-se à análise psicométrica do Inventário de Depressão Infantil. Participaram da pesquisa 295 adolescentes. Destes 56,60% do sexo feminino e 43,40% do sexo masculino. Os resultados revelaram 11,20% dos participantes da pesquisa apresentando sintomas depressivos. No inerente ao sexo, evidenciou-se predomínio dos sintomas depressivos entre adolescentes do sexo feminino. Quanto à idade não se encontrou relação significativa. No tocante à a análise fatorial realizada, identificou-se a presença de três fatores explicando 45,6% da variância total e obteve-se um Alfa de Cronbach de ¿ = 0,89. Consoante se concluiu, o percentual encontrado de 11,20% de sintomas depressivos em adolescentes é considerado elevado, uma vez que a escola participante do estudo integra programa de promoção da saúde. Como se percebeu, o fenômeno depressivo guarda relação com os contextos familiar e escolar dos adolescentes. Assim, é preciso reunir várias ferramentas de análise para melhor compreender o aparecimento destes sintomas. Provavelmente, instrumentos quantitativos aliados a ferramentas qualitativas podem melhor relacionar a depressão aos espaços de interação e desenvolvimento. No referente ao Inventário de Depressão Infantil, concluiu-se que este instrumento tem aceitáveis parâmetros psicométricos, sendo adequado para investigar sintomas depressivos em escolares. Por fim, se sugere a elaboração de cartilha educativa a fim de se trabalhar a depressão de forma didática, no contexto escolar. Esta inciativa poderá beneficiar a comunidade ao passo que alerta acerca dos principais sintomas de depressão em adolescentes e seus riscos, ressaltando a importância dos ambientes familiar e escolar no que tange à saúde mental de adolescentes.