Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Eloi, Juliana Fernandes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/113431
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Resumo: |
Esta tese de doutorado se propôs a investigar de forma multimetodológica a sexualidade de mulheres lésbicas e a examinar as interações entre o preconceito homofóbico, satisfação corporal, satisfação sexual e envelhecimento. Para alcançar este objetivo, foi traçado um pecurso metodológico apresentado em dois artigos teóricos e cinco empíricos. O primeiro artigo apresenta uma revisão integrativa da literatura na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (PePSIC e SciELO) para apresentar o panorama nacional acerca das produções cientificas sobre o ageismo contra a velhice. Conclui-se que o preconceito contra idosos na produção científica brasileira encontra-se pouco explorado. O segundo artigo teórico apresenta uma revisão sistemática sobre a sexualdiade na velhice na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (PePSIC e SciELO). Os resultados indicam um cenário restrito no país acerca de produções sobre gênero, sexualidade e envelhecimento. O terceiro estudo busca compreender a vivência da sexualidade de mulheres na velhice. Possui caráter exploratório, em que foram entrevistadas três mulheres com idade mínima de 65 anos. Os resultados indicam que as normas sociais que estigmatizam a velhice e a sexualidade promovem a ausência de informação frente às próprias experiências da vida. No quarto estudo, buscou-se adaptar e validar a Escala de Homofobia Internalizada para Lésbicas (EHIL) no Brasil como medida que avalia a homofobia internalizada em lésbicas. Participaram 1.231 mulheres lésbicas com idade entre 18 e 67 anos (M = 27,87; DP = 9,10) e de todos os estados brasileiros. Os resultados da análise confirmatória ratificam a estrutura original da EHIL, mostrando-se como medida válida em contexto brasileiro. No quinto estudo, foram apresentadas evidências psicométricas de adaptação, validação e criação de Escala de Percepção Corporal e Satisfação Sexual para Lésbicas (ESCSS-Lésbicas). O instrumento mostrou-se mais específico e adequado para a mensuração da satisfação corporal e sexual de mulheres lésbicas. No sexto estudo, buscou-se caracterizar a satisfação corporal e sexual de mulheres lésbicas, verificando a sua correlação com a homofobia internalizada, níveis de abertura e características sociodemográficas. Participaram 1.231 mulheres lésbicas brasileiras. Os resultados foram obtidos a partir de análises descritivas e inferenciais (ANOVA). Os resultados demosntraram que possivelmente quanto maior o nível de abertura menos vivência da homofobia internalizada e maior satisfação corporal e sexual. Por fim, o último artigo da tese proprôs criar um structural equation model (SEM), em que avaliou a mediação da satisfação corporal entre a variável homofobia internalizada e a variável satisfação sexual de mulheres lésbicas. E conclui que a homofobia internalizada pode ser um fator explicativo da relação negativa com a satisfação corporal e sexual e do possível estabelecimento do sofrimento psíquico e a não aceitação de si. Em conjunto, os resultados obtidos nesta tese indicam que o preconceito homofóbico internalizado ou contra a idade, se manifesta nas relações interpessoais e intrapsíquicas, afeta negativamente a percepção corporal de mulheres lésbicas diminuindo probabilisticamente sua satisfação corporal e sexual. Contudo, é preciso ratificar que as interações entre homofóbico, satisfação corporal e sexual espelham a intensidade e o modo de como a sexualidade é vivida. Palavras-Chave: Lésbicas, Homofobia Internalizada, Satisfação Corporal, Satisfação Sexual, Envelhecimento, Modelo de Equação Estrutural. |