Transporte neonatal inter-hospitalar no estado do Ceará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Sa, Rejane Brasil
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/95625
Resumo: Introdução. Quatro milhões de recém-nascidos morrem por ano no mundo nas primeiras quatro semanas de vida (LAWN et al, 2008). A mortalidade infantil brasileira se assimila a realidade mundial no que se refere à distribuição com predomínio na faixa neonatal precoce. O transporte de pacientes enfermos é um desafio em saúde pública. A estabilização clínica pré-transporte garante menores intercorrências e falhas durante o transporte (SHIRLEY, HEARUS 2006). Todos os recém-nascidos que necessitem de suporte hemodinâmico devem ser transferidos para UTIN. Este estudo poderia ser útil para se documentar o perfil dos recém-nascidos transferidos e avaliar a qualidade deste transporte. Objetivo. 1. Avaliar o transporte neonatal inter-hospitalar exprimindo as intercorrências clínicas no translado deste recém-nascido à UTIN no Estado do Ceará. 2. Avaliar os dados contidos no atual protocolo de transferência e propor uma adequação deste protocolo para a transferência neonatal. Metodologia. Estudo documental e quantitativo realizado em UITN na cidade de Fortaleza, CE- Brasil. Foram incluídos no estudo todos os recém-nascidos transportados no período de janeiro a julho de 2011. As variáveis estudadas foram o suporte ventilatório e térmico, complicações clínicas durante o transporte, tempo e distância percorrida pela ambulância, a presença do médico, e os dados contidos no atual protocolo de transferência do Estado. Os dados foram coletados do prontuário dos recém-nascidos. Resultados. Dos 59 transportes avaliados, a média de idade gestacional foi de 34,5 semanas e peso médio de 2.340 gramas. A prematuridade (50,9%) foi a causa isolada mais frequente para indicar transferência. Dos recém-nascidos transportados, 52,5% estavam em ventilação mecânica intermitente. A hipotermia foi encontrada em 83,1% dos neonatos e a incubadora de transporte estava presente em 76,3%. A desidratação ocorreu em 25,4% e a acidose em 37,3% dos transportados. O tempo médio de transferência foi de 98,08 minutos e a distância média percorrida foi de 111,39 quilômetros. O médico estava presente em 66,1% dos transportes. Na chegada à UTIN, sete (11,9%) equipes relataram dificuldades clínicas na admissão. Os dados maternos foram avaliados e a idade materna foi informada em 45 (76,3%) relatórios, 12(30%) mães não realizaram pré-natal. Em nenhuma transferência havia relato sobre as intercorrências do pré-natal ou sobre o tempo de bolsa rota materno. Conclusão. As condições clínicas dos recém-nascidos transportados no Estado do Ceará são precárias, e, ocorre falha de acesso às informações no atual protocolo de transferência.